Artigos

Uma nova casta de desempregados

            Sobretudo nas rodas da famosa esquerda caviar existe discussões intermináveis sobre as circunstâncias que levaram ao impeachment da Presidente Dilma Rousseff. Infelizmente, poucos se dedicam a realizar um mea-culpa dos enganos fatais que levaram o PT a apear prematuramente do poder. Os motivos são tão amplos que vale escolher os tópicos mais importantes. Nem precisa dizer que agir na mesmice que o partido sempre criticou, incorporando práticas políticas nefastas e censuráveis, foi crucial para destruir o mito de uma agremiação diferente e qualificada.

            Ponto que considero crucial na derrocada do PT, diz respeito a insaciável, autofágica destaca-se, saga para garantir o aparelhamento do Estado. A cada dia se espanta com o número de funcionários contratados para garantir salários demais e serviços de menos. As repartições públicas ficaram lotadas de parasitas funcionais, companheiros sem o menor talento para funções básicas, que jamais conseguiriam colocação sequer parecida na iniciativa privada. É um assombro!

            Um contingente absurdo de militantes perderam a boquinha e, muito a contragosto, vão se juntar a 11 milhões de brasileiros que perderam seus empregos por incompetência dos chefões do lulopetismo. Mal acostumados, com salários e benesses dignas da alta burguesia, vão enfrentar um equação perversa. Engrossam o caldo de uma nova casta de desempregados. Além da incompetência para conseguir colocação na iniciativa privada, ainda enfrentam a dura realidade de que não existem, no mercado de trabalho tradicional, cargos compatíveis com os 13 anos de mamata.

            Essa gente, tanto pelo ordinário de suas qualificações, quanto pela ilusão de uma importância que nunca existiu de fato, será o diabo. Sem nada o que fazer, e tendo que baixar drasticamente o padrão de vida, se dedicará de corpo e alma ao protesto raivoso e irresponsável. A eles só interessa voltar aos cargos de outrora. Nada mais fará sentido em sua vida miserável calcada na mesquinharia e nos desejos umbilicais.

            O lulopetismo criou uma legião de desesperados, de verdadeiros alcoólatras das sinecuras do poder. O que farão os blogueiros mercenários pagos a peso de ouro? Como vão sobreviver as revistas e jornais acostumados a receber os tubos para elogiar os chefões do poder? Que atividade será exercida por dirigentes sindicais, representantes classistas e uma renca de medíocres incapazes de manter um mínimo de produtividade? Vão comer o pão que o diabo amassou e chiar como nunca.

            O partido podia ter agido diferente? Claro que sim! Mesmo aproveitando pessoas ligadas ao projeto, podia manter parâmetros inseridos no mérito e na qualificação. Analisando, de forma ética e profissional, se o indicado tinha condições para assumir a responsabilidade. Sobretudo, verificando se o escolhido seria capaz de exercer uma função semelhante na iniciativa privada.

            O que se viu foi apenas um festival de enganações apenas para atender puxa-sacos profissionais. Resultado: a máquina inchada de sanguessuga não evoluiu, pelo contrário, travou deixando de cumprir sua função de atender o público.

            Ao contrário do que se apregoa, o golpe não foi engendrado pelas elites, pela imprensa golpista ou por qualquer raio de bode expiatório que pretende encontrar. Foi o próprio lulopetismo que se jogou na arena dos leões, enganando a si próprio. Erroneamente, acharam que só a arraia miúda é que perderia o emprego com os erros colossais da arrogante Dilma. Como se percebe, a farsa culminou com a “tchurma” toda no olho da rua. Bem feito!

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

Deixe seu Comentário

Clique aqui para comentar

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.