Política

Direita ou esquerda: Isto importa em 2024 em Goiânia?

Na disputa eleitoral ao Paço ano que vem pode haver o fenômeno da aliança entre representantes do conservadorismo e do progressismo. Até que ponto o eleitor goiano se importa? | Foto: Reprodução

A história conta detalhes de disputas ideológico-eleitorais há décadas entre direita e esquerda, representada por diferentes siglas que definiram o ponto de vista de políticos sobre diversos espectros. A situação se acentuou com a polarização das últimas duas eleições em que um candidato do PT disputou com um candidato de direita.

Bolsonaro foi eleito em 2018 pelo então nanico PSL que, com a junção com o Democratas, se tornou União Brasil. Na disputa pela reeleição do ano passado, contudo, Bolsonaro foi às urnas pelo Partido Liberal de Valdemar Costa Neto.

Neste sentido, ficou cravado, ainda mais, no imaginário de quem pensa a política, inclusive eleitorais que antes eram alheios à questão partidária, sobre qual linha ideológica qual partido – e o candidato – toma para si: direita ou esquerda.

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No pleito de 2023, em que os eleitores vão às urnas escolher prefeitos e vereadores, nas principais cidades é possível encontrar essa disputa acirrada entre duas forças ideológicas. Por outro lado, há a expectativa de que a alma antagônica entre direita e esquerda não deva influir na composição de chapas, com o intuito de conseguir mais sucesso na corrida eleitoral.

A eleição do ano que vem promete uma disputa surpreendente em que o atual mandatário, Rogério Cruz (Republicanos), vai tentar a reeleição. O partido é presidido nacionalmente pelo deputado federal e 1° vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Pereira, que, como Cruz, é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Enquanto o deputado é bispo licenciado, o prefeito é pastor. O partido, embora se coloque como conservador, já esteve ao lado do de Lula. Antes de ajudar a fundar o PRB, o vice-presidente José de Alencar havia sido filiado ao Partido Liberal.

De qualquer maneira, o partido costuma reafirmar o compromisso com o conservadorismo em campanhas publicitárias e nos posicionamentos dos parlamentares. “O Republicanos é um movimento político conservador, fundamentado nos valores cristãos, tendo a família como alicerce da sociedade, preservando a soberania nacional, a livre iniciativa e a liberdade econômica, encorajando o progresso tecnológico como caminho inevitável para o desenvolvimento humano”, como escreve a sigla em seu site.

Por enquanto não é possível afirmar se esse ou aquele partido deverá caminhar com o projeto de reeleição de Cruz, principalmente diante da dificuldade de o MDB de Daniel Vilela conseguir viabilizar um nome para concorrer. Vale lembrar que o MDB é um partido de centro que, durante as décadas que vem ajudando a construir políticas públicas no Brasil, caminhou com governos de centro-direita e centro-esquerda, se posicionando em favor da Constituição.

Em 2020, inclusive, vale lembrar, o MDB foi cabeça de chapa em que Rogério Cruz foi vice. Com a morte de Maguito Vilela por conta da Covid-19, Cruz assumiu, mas logo o partido de Daniel desembarcou da administração depois de um rompimento.

Naturalmente candidato à reeleição, Cruz, embora represente uma ala mais conservadora da sociedade, pode ser entendido como um democrata que não se envolveu em polêmicas acentuadas envolvendo a sua ideologia. Ao contrário de outro prefeito do Republicanos e também pastor da Iurd, Marcelo Crivella, do Rio de Janeiro.

Com isso, é possível que Cruz passe, para o eleitorado, uma imagem polida, sem qualquer impedimento de ser votado tanto por eleitores que se identificam com a direita quanto à esquerda. E muitos que não estão nem aí para inclinação ideológica. Talvez fique a sugestão a algum instituto de pesquisa fazer este tipo de pergunta nas fichas a partir de agora.

E há a possibilidade de um feito que não é inédito: a junção entre o PSD de Vanderlan Cardoso e o PT da Delegada Adriana Accorsi. Reportagem do jornal O Hoje trouxe os bastidores desta conversa. O fato é: Accorsi quer terminar o mandato. E Vanderlan, que já concorreu ao Paço duas vezes, acredita que, sem Iris Rezende e sem Maguito, tem mais chances do que nunca.

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O HOJE

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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