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Um heroico Tenente Coronel em Rio Verde

Berço de famílias tradicionais e hospitaleiras que marcam a característica do sudoeste goiano, a cidade de Rio Verde, que eu lamento não ter sido registrada como “Arraial das abóboras”, padece de um cerco praticado por audaciosos usuários de drogas, que chegaram ao desplante de exigir uma espécie de pedágio aos moradores.

Inconformado com essa absurda situação, o corajoso e diligente Tenente Coronel Carlos Henrique de Moura está lutando bravamente para devolver as praças e ruas da cidade aos pais de família. Tarefa ingrata em todos os quadrantes.

A começar que o número de policiais em serviço está bem aquém do que se mostra necessário. As condições estruturais de trabalho não são ideais em armamento, coletes à prova de bala, veículos e disponibilidade de verbas para uma atuação mais eficiente. Mas tudo isso acaba sendo resolvido com horas extras de dedicação, esforço e muito suor de uma tropa que ama o serviço e honra a farda.

O pior de todos os cenários é a lentidão de justiça, a frouxidão na aplicação das punições, a falta de cadeia e ausência de ações sociais capazes de enxergar a gravidade da situação. Em todos os quadrantes da outrora pacata cidade, brotam viciados que não respeitam ninguém, invadem residências, roubam mulheres, velhos e crianças, praticam toda sorte de abusos, ameaças e perseguições, sem que polícia tenha mecanismos suficientes para barrar o horror cotidiano.

Urge que a comunidade, num elo entre todos os poderes, adote uma postura de suporte firme, de ações produtivas, capazes de colaborar com a PM. Caso contrário, anotem bem o que estamos alertando, em breve, o caos se estabelecerá em todas as esquinas. Os traficantes, via usuários de drogas, já perceberam que podem intimidar os moradores. Até quando? O que se espera para agir e ajuizar estrutural suporte ao policiamento?

O extraordinário valor do Tenente Coronel Henrique, assim como de seus subordinados, nada resolve isoladamente. Mesmo assim, no que depende dele, está em curso um rol de ações produtivas constantes. Se os amalucados do crack não forem tratados e/ou enfiados numa jaula, nada adiantará. Alguns deles são presos dezenas de vezes e, no maior cinismo, fazem desdém dos policiais.

Tirar essa gente das ruas é um trabalho comunitário. Não apenas uma atribuição da PM. Urge que o executivo, com a iniciativa do atual prefeito, o legislativo, com apoio da diretoria da OAB local e, ainda, com o aval de entidades da iniciativa privada, possam dar as mãos e barrar a insana escalada. Caso contrário, nos resta entregar a princesinha do sudoeste ao controle dos usuários de drogas. Exagero? Antes fosse. Rio-verdenses, olhem ao seu redor! Está tudo a olhos vistos.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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