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Fazer o muro é um direito de Trump

     “Não quero que minha casa seja cercada por muros de todos os lados e que as minhas janelas estejam tapadas. Quero que as culturas de todos os povos andem pela minha casa com o máximo de liberdade possível.” Essas são palavras de Gandhi, filósofo da paz, um homem que entrou de forma suave, inabalável e permanente para história da humanidade. Sua essência ainda reverbera positivamente em todos os rincões de planeta.

      O bufão Donald Trump pensa exatamente diferente. Provavelmente terá um lugar medíocre no legado das gerações, ocupando uma posição inútil na enciclopédia da vida. Nada adianta chiar, vociferar contra seu indefectível topete ou exigir dele uma posição de estadista coerente. O homem, coitado, não tem o que precisa. Sua pobreza existencial merece piedade.

   De qualquer forma, urge entender que ele pode se dar ao luxo de programar suas ideias bizarras. O tal muro que, por teimosia, ele certamente fará erguer na fronteira do México, é um dos ícones a ser respeitado. Tem o direito, sim senhor.  Obtuso senhor do dinheiro, age como os ricaços dos condomínios fechados que edificam muralhas e contratam seguranças extras, certos de que sua ilha da fantasia está protegida. Qual diferença? Nenhuma.

   O nó é que Trump idealiza essa façanha com um gigantesco País. Entende que vai funcionar. Nada adianta mostrar a ele que ainda vão existir caminhos pelo mar, pelo céu e na fronteira com o Canadá. Sua fixação se concentra na guarita principal. Não lhe ocorre a importância de oferecer condições dignas de trabalho, respeito e condições sociais aos favelados que fazem divisa com o muro dos fundos. Caiu a ficha?

   Pois é. O sujeito não é tão maluco quanto se alardeia. Ele apenas vai fundo no que acredita. Um beócio isolado? Que nada. Tem milhões de seguidores que rezam em sua cartilha. Vai que funciona? Não pode defender seu povo contra uma horda de invasores bárbaros? Pode sim.

  É uma  visão calhorda, que tira dos Estados Unidos seu maior trunfo? Que retira justamente a oxigenação cultural mencionada pelo guru Gandhi? Penso que sim. Mas trata-se de um Presidente eleito justamente porque jurou fazer o que está cumprindo. Ora essa.

  Então o mundo não tem que respeitar a democracia deles? Ao que me consta, ele não pode e não deve fazer o muro e dar um jeito de encher de água porque vai afogar inocentes. Caso contrário, até isso era de se entender.

  Em nosso quadrilátero não teve um maluco que usou e abusou de verbas públicas com a finalidade de promover revoluções bolivarianas e uma babel de bizarrices em nome de esquerdopatas de plantão? Foi e continua sendo um problema nosso.

   Entretanto, em se tratando do Tio Sam, o mundo inteiro se acha no direito, até no dever, de botar o bedelho. Que se dane. Existem dezenas de nações com as quais se podem manter bons negócios e tocar a vida. No mais, porque chiam os adversários e opositores do “American way of life” Donald Trump, o Maria louca da Wall Street, está fazendo um estrago, num curtíssimo espaço de tempo, que nenhum inimigo conseguiria. Que venha o muro. Quem planta tijolos não colhe soja.

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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