Os brasileiros foram às ruas, políticos e empresários do andar de cima amargam cadeia, as investigações do “Petrolão” demonstram que siglas de todos os matizes estão envolvidas no lamaçal da corrupção e, mais uma vez, um Presidente da República está prestes a ser afastado por grave deslize no exercício do cargo. Algo deveria mudar no cotidiano dos que pleiteiam um cargo público. Seria a lógica. No entanto, ao sul do Equador, com a sofrível personalidade afrolusotupiniquim, nada mudou. Vejamos por exemplo as escaramuças envolvendo o pleito de Goiânia, uma referência que se aplica a qualquer município do País, que demonstram a mesmice de uma orgia abominável.
Imperam, ainda e apesar de tudo, os candidatos que se lançam sem nenhuma chance apenas para exigir benesses futuras vendendo espaço televisivo. Outros se jogam na disputa com o mero intuito de garantir uma vaga na administração. Isso sem falar nas escaramuças partidárias, com idas e vindas na escolha dos vice-prefeitos, apenas de olho nas composições com barganhas umbilicais.
Apesar da ojeriza nacional aos conchavos de interesse econômico, endurecendo leis a doadores que compram a garantia de serviços futuros, ainda prevalece a força do poder econômico, sobretudo ao cargo de vereador na prática de contratar cabos eleitorais que garantem votos.
Pior ainda é constatar a presença de gente ordinária, com ficha corrida digna de chefes de quadrilha, que não se furtam em se apresentar como pessoas de bem. Os de sempre, podem notar os nomes são os mesmos que controlam anos a fio siglas partidárias, continuam a fazer promessas mirabolantes, prometer o que não podem cumprir e, sem nenhuma vergonha na cara, mudar de opinião como biruta de aeroporto ao sabor do vento.
Será que merecemos tamanha falta de consideração? Infelizmente a resposta é sim. O eleitor tem sua parcela de culpa. Tanto porque não realiza, antes de confirmar o voto nas urnas, o dever cívico de escrutinar a vida dos candidatos, quanto por se ajeitar tirando algum proveito dos inescrupulosos, ou seja, somoscúmplices e depois reclamamos que a classe política não presta. Somos todos culpados. Mudar é possível. Quem sabe agora?
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