Para manter as rédeas do poder, num projeto que prevê hegemonia de pensamentos e perpetuação no comando do País, a ala podre do PT ainda precisa do PMDB. Algumas mentes lúcidas, encasteladas no partido que teve origem no MDB de Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e outros companheiros de saudosa envergadura moral, enxergam o engodo enrustido na armadilha do lulopetismo.
A maioria se contenta em barganhar ministérios com porteira fechada, mamar em benesses e sugar tudo o que pode nos momentos em que o voto tem importância no parlamento. Esses preferem ignorar as traições do parceiro e o jogo sórdido para aniquilar as oposições.
Neste tempero, o PMDB, apesar de manter a vice presidência, é o que tem mais a perder. Sempre na condição de ator coadjuvante, vai aos poucos sendo engolido pela máquina petista, principalmente porque o PT tem uma missão e segue métodos muito bem definidos. A tática é diminuir a força do principal aliado e torna-lo dócil como um gatinho domesticado.
Os líderes não perceberam que partido nenhum sobrevive em longo prazo, se não tiver condições de chegar ao poder. Na eterna situação de pneu de estepe, e acomodado com os mimos típicos das amantes – na atual conjuntura está mais para garota de programa – se destrói vítima da equação ganância e esperteza.
Lula já testou e sabe que pode fazer o que bem entende. Tanto que traiu o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, se posicionando contra ele no Rio Grande do Norte, fato que deu a vitória ao adversário. Não foi a primeira vez nem será última.
Tanto Dilma como aliados sabem que o PMDB rosna, urra, mas na hora H, não morde. Na verdade treme nas bases e recua ao ser ameaçado. Cada vez mais preocupado em manter questões umbilicais, indiferente ao clamor das pessoas conscientes, se torna um escravo do poder. Para o deleite do PT, a sigla imagina ser importante e se degrada nivelando por baixo. Resumo: o adversário mais temido, e que poderia ameaçar a eternização do lulopetismo, é “cosa nostra” que não se atreveria a enfrentar a máfia.
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