Ao afirmar, numa desesperada tentativa de fingir que o seu governo não tem nada a ver com a gritante bandalheira nas vísceras da Petrobras, que o Brasil não será o mesmo após a escândalo da “Operação Lavajato”, com desdobramentos no que se denominou operação JuÍzo Final, Dilma Rouseff finalmente acertou. A nação há de ser diferente. Nessa cartada de corrupção, como nunca se viu neste País, existem elementos que fazem prever, no mínimo, uma nova onda de reações.
O partido que prometia uma nova era nos propósitos administrativos, o PT, se rendeu ao pântano da corrupção em moldes que assusta até os larápios profissionais. Não dá mais para enganar colocando a culpa das mazelas no lombo dos adversários. Nenhum brasileiro medianamente informado duvida que a ala podre do partido, e uma gangue de aliados, criou uma quadrilha para roubar do contribuinte.
Agora ficou muito claro os malefícios da infiltração ideológica no aparelhamento do Estado. O pior é que ainda existem companheiros que justificam os rombos bilionários, porque a maior parte da tramoia serviu para consolidar o partido nas rédeas do poder. É um assombro constatar o nível de hipocrisia que aplaca a consciência desses miseráveis. Eles ainda existem, e proliferam, na ordinária concepção da antiga União Soviética. Os fins justificam os meios e, se puder, que os adversários sejam enviados aos campos de concentração.
Se fosse algo possível, mas estamos longe disso, seria ótimo acordar os setores lúcidos para exigir transparência em tudo o que for considerado verba pública. Nesta altura dos acontecimentos, tenho tudo para acreditar que as empreiteiras entregaram óleo extra para engraxar as engrenagens que construíram o bilionário porto em Cuba.
Eis uma caixa preta que, sendo aberta, poderá revelar acordos inacreditáveis. Nada me convence que uma obra gigantesca, realizada com recursos dos brasileiros, precisa ser realizada sob o manto do sigilo. Por que? Se é algo republicano, e não mantém nada de condenável, qual o sentido de estabelecer um segredo a ser revelado anos depois? Interessa proteger quem? Ao meu ver, apenas os que aprovaram a transação e estão no comando.
Aos poucos, mas com firme consistência cívica, os assalariados estão percebendo que não dá mais para continuar. Rombos de bilhões não podem ser escondidos embaixo do tapete e comprometem o futuro do País. O que está em jogo não é apenas a permanência do lulopetismo no poder, é o pão nosso de cada dia.
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