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O País está à beira de um ataque de nervos

           Para quem não prestou atenção, foi criado em São Paulo o grupo MMBE (Movimento Moradia Brasileiro Estrangeiro) onde os participantes são majoritariamente africanos e já entraram de sola ocupando um hotel na Bela Vista, centro de São Paulo, mais do que dispostos a exigir um local decente para residir. No verniz das análises, parece um pleito justo. Afinal de contas, por razões humanitárias e por uma dívida histórica, nossos irmãos do continente africano merecem uma vida digna. Mas em qualquer nação dita civilizada, estrangeiros não podem agitar agremiações que ferem os princípios básicos de propriedade sob pena de serem expulsos. Já nos basta o MST, que age em moldes de quadrilha, destruindo pesquisas científicas numa absurda perpetuação de impunidade.

        O Brasil está permitindo essas, e outras aberrações, porque viceja no País um bizarro descontrole. Com uma rapidez fulminante, a chefe da nação Dilma Rouseff perdeu as rédeas. A tentativa de acalmar a nação foi um arrazoado de conteúdo inútil. Em longos 15 minutos, ela consegui apenas irritar os brasileiros com um discurso oco, vazio de ideias e com uma retórica que não condiz com a realidade. Concordando-se ou não com os manifestantes, que estragaram ruidosamente suas panelas, a petista deu motivo para vaias, buzinaço e azedume.

     Repetir a ladainha de “crise externa” é fazer troça da inteligência coletiva.  O pior mesmo é afirmar que vai “dividir o esforço com a sociedade”, mantendo 39 ministérios capazes de untar o umbigo da insaciável  base aliada. A presidente foi honesta ao dizer que não é possível prever a duração da crise. Mas ninguém engole a falácia de que tudo estava indo muito bem poucos meses atrás, nos discursos e refrega das eleições, para desandar em poucas semanas pós eleição, em caudalosos aumentos das tarifas públicas, acréscimo no valor da gasolina e elevação de tributos, numa carga que já  se configurava em confisco.

        As pessoas lúcidas não  aprovam a tese do impeachment. Mas é justo, importante e crucial que os milhões de insatisfeitos compareçam na marcha ajustada para dia 15 de abril. Ao contrário do que apregoam os fanáticos petistas, particularmente o grupelho dos petralhas, não se trata de uma reclamação dos burgueses. Oxalá fosse apenas isso. Bastava ignorar o chiar dos ricos e povão satisfeito seguiria a vida em paz e prosperidade. O nó da questão, mesmo que não tenhamos chegado ao horror econômico da Venezuela, onde falta sabão, fraldas, papel higiênico e vergonha na cara, estamos numa perigosa escalada.

        Fiquei pasmo vendo o discurso do irresponsável Pedro Stédile, o homem que, segundo Lula, tem um exército de prontidão, afirmando na TV de Nicolas Maduro que as filas nos supermercado da Venezuela é coisa da direita golpista. Como assim cara pálida? Vai ser hipócrita pra lá de Caracas. É necessário que as pessoas corretas do PT, as que ainda continuam no partido, tenham a coragem de enxergar a realidade, mudar rumos e impedir o caos anunciado.

       Nem todas as pessoas insatisfeitas pertencem a segmentos políticos ou estão sendo manipuladas. Alardear isso é como fingir que não existe escassez de produtos nas prateleiras da maldita herança chavista. O Brasil ainda tem jeito e salvação a médio prazo. Basta que os dirigentes tenham a coragem de enxergar que o rei, neste caso a rainha, está nua. Encobrir e camuflar a realidade é a pior escolha. O Deus poderoso do petismo, Luis Inácio Lula da Silva, sabe que a vaca foi para o brejo. Inteligente, perspicaz e ardiloso, constata que Dilma conseguiu fazer o que a oposição unida jamais conseguiria: colocar milhões de trabalhadores contra o PT. Incluindo aliados históricos que se afastaram ou foram expulsos.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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