Com fala suave e uma falsa humildade que engana os desinformados, Marina Silva, a candidata das selvas, é o mais ardiloso resíduo na atual lambança da política brasileira. Sem dar um único grito, numa jogada de marketing bem estruturado, ela pode surgir como um “Tarzan de saia” capaz de salvar os brasileiros de uma selva de perigos inomináveis.
O cipó da questão é que ela representa a improdutiva filosofia das raízes do petismo na sua mais rancorosa tradição. A tal Rede Sustentabilidade é um amálgama de frustrados que foram expulsos do partido, vítimas de suas posições radicais. Dando ares de que está falando algo novo, Marina usa e abusa do vernáculo castiço para camuflar teses surradas típicas da esquerda venenosa.
Ardilosa como um filhote de jararaca, nada mais apropriado, visto que é uma cria de Lula, a “Silva Feminina” está na moita pronta para dar o bote, se oferecendo como o novo messias ao povão que está órfão de líderes e de valores. Eis a armadilha! Assim como Bolsonaro se ergue altivo e capaz de atender às viúvas do regime militar, com amplas possibilidades de se tornar um Donald Trump ao sul do Equador, Marina Silva é a redenção dos radicais de esquerda pós-acordo de Cuba com o Tio Sam.
Para se fixar como novo messias que caminha sob as águas da corrupção, ela optou por uma estratégia fantástica: não fazer absolutamente nada. Sequer na tragédia de Mariana, fruto da ganância e irresponsabilidade com o meio ambiente, a eterna candidata firmou posições, se ofereceu a entrevistas e prestou solidariedade às vítimas. Calou-se enrolada na bandeira que a torna visível e diferente nas eleições.
No calor dos debates sobre o impeachment, se firma em cima do muro clamando por uma decisão do TSE, sabendo que a demora na decisão termina por coincidir que as eleições que pretende ganhar no vácuo de liderança pós-desastre do lulopetismo. A dama da floresta pode representar um desastre pior do que a atual conjuntura.
Seu discurso incompreensível, permeado de filosofia barata, que ilude ao utilizar um astucioso verniz cultural, chega ao ritmo de armadilhas que capturam animais indefesos. É a lei da selva que a candidata viveu e conhece muito bem.
Não será nenhuma surpresa se uma enxurrada de petistas, autênticos ou oportunistas, se jogar na rede para fugir do circo que pega fogo. Marina, que ninguém se iluda, representa o mesmo atraso de ideias que não deu certo em nenhum lugar do planeta. Um olhar crítico que vai além do trabalho dos marqueteiros (sim, Marina Silva está rodeada deles) vai desnudar as surradas propostas doidivanas que perpetuaram o atraso em Cuba, Venezuela e outras paragens da esquerda raivosa.
Marina Silva engana, e engana tão bem, que apenas um olhar criterioso, bem fundamentado e perspicaz, será capaz de enxergar além da máscara que a torna uma esfinge ora com corpo de leoa, ora com asas de um falcão, mas sempre será um filhote de jararaca. Dessas que é bom manter na mata, longe dos filhos e da patroa. Trazê-la para dentro de casa, ainda mais para administrar, é acreditar que jararacas podem ser domesticadas.
Jornalista Rosenwal Ferreira
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