Artigos

Em Rio Verde, Lauro Campos e Adeline Bernardes desonram a memória do saudoso Paulo Campos

            Espírita de oratória fecunda, político exemplar e cidadão que atuava com exemplos dignificantes, o Dr. Paulo Campos até hoje deixa saudades entre as famílias com raízes em Rio Verde. Homem de visão ampla, antecipou a necessidade de se investir na educação das crianças como modelo para garantir um futuro justo e equilibrado. Com essa ótica, e com o firme apoio da comunidade, criou o Instituto de Menores, em amplas instalações na região da outrora modesta Vila Amália, para atender jovens carentes.

                Para garantir verbas de manutenção, e ciente da carência de moradias populares, idealizou um confortável conjunto de casas germinadas oferecendo dezenas de moradias e um faturamento mensal em torno de 16 mil  reais. Toda a construção foi custeada por donativos e boa parte da mão de obra, sobretudo administrativamente, foi realizada por voluntários que o admiravam.

                O local teve sua função digna por longos anos. Repentinamente, numa atitude chocante e até hoje bizarra, consta que o próprio filho de Paulo Campos, com o apoio da administradora Adeline Bernardes, optou por expulsar os inquilinos e destruir as residências para alugar o terreno. O tempo mostrou que foi uma atitude irresponsável, prejudicial ao atual Instituto IAN e se tornou um carma para a vizinhança.

                 O saudoso Paulo Campos deve ter se agastado no além. A tal promessa de aluguel vantajoso era uma falácia. Incrível que o experiente advogado Lauro Campos não tenha realizado um contrato seguro e eficiente. Resultado: a mais de três anos o terreno junta lixo, poeira e não rende um níquel sequer. A prefeitura já lavrou multas, os residentes se cansaram de reclamar e ninguém se lixa. Considerando que o IAN recebe verbas do contribuinte, é um caso para o Ministério Público investigar. Quem deve pagar pelo prejuízo em cascata? Trata-se de um visível caso de improbidade administrativa.

                 É só fazer as contas, o IAN perdeu, nestes três anos, no mínimo, isso sem considerar reajustes nos alugueis, meio milhão de reais. Ao que consta, Lauro Campos e Adeline Bernardes devem explicações ou carecem de apontar os culpados pelas irresponsabilidades primárias. Como que alguém destrói algo rentável sem uma garantia concreta de substituição? Quem cometeu o desatino tem que ressarcir.

      Por se tratar de pessoas influentes, de uma família tradicional e com amplas possibilidades de retaliação, poucos se atrevem a criticar denunciando a quizila abertamente. Mas os tempos são outros, a sociedade se ergue contra toda sorte de injustiças e não é só a classe política que merece ser escrutinada. Poderosos de plantão, que se acham acima das leis e do crivo entre certo e errado, precisam encarar um novo Brasil.

        Este artigo, que será enviado ao Ministério Público clamando uma justa investigação, serve inclusive para que Lauro Campos e Adeline Bernardes possam esclarecer este absurdo, que recebe criticas em diversos segmentos rio-verdenses. Quem sabe possuem alguma explicação capaz de afastar as nuvens escuras?  Pode ser que o nome deles esteja sendo apontados, mas que sejam vitimas na falcatrua de uma aventura desnaturada. Não se descarta. Mas então revelem os responsáveis.  Fica até difícil acreditar que filhos e parentes seriam tão insensíveis com a memória do saudoso Paulo Campos e seu  irretocável histórico de vida.

       No arremate, vale dizer que tanto Lauro Campos quanto Adeline foram inúmeras vezes procurados para sanar os problemas do terreno abandonado, e oferecer explicações sobre a transação prejudicial, e trataram os interessados com promessas não cumpridas,  explicações evasivas e descaso.

 

Rosenwal Ferreira, jornalista e publicitário

twitter: @Rosenwalf

facebook/jornalistarosenwal

www.rosenwalferreira.com.br

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

Deixe seu Comentário

Clique aqui para comentar

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.