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Acabou a festa na cobertura?

Manifestação do grupo Coalizão pela Reforma Política Democrática – Eleições Limpas, movimento apartidário que defende a democracia direta, faz uma instalação em frente ao prédio do Congresso Nacional, com duzentos sacos de dinheiro simbolizando o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Foto: Pedro França/Agência Senado

A prisão de um dos poderosos do PMDB, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e de Anthony Garotinho que, de tão surpreso deu coices e faniquitos, acende um sinal vermelho na patota acostumada a dar festas de arromba na cobertura. O que antes era uma preocupação apenas nos andares inferiores nas estruturas do poder, chegou firme nos elevadores privativos.

Firme, consistente nos propósitos e mostrando que é possível uma justiça igualitária ao sul do Equador, vencendo todas as artimanhas e percalços de uma legislação jaboticaba, o juiz Sérgio Moro é um pé no saco dos poderosos. Tão competente que está incomodando o deuses do STF que, antes dele, podiam ficar deitados eternamente em berço esplêndido, vivendo e deixando viver. Um regabofe tranquilo, na base dos sorrisos generosos, afagos nos bastidores, garantindo aos  membros de uma casta a prescrição de pecados inconfessáveis. Fazer o que? Ficar de braços cruzados permitindo que um homem, com seu pequeno exército de agentes da lei, possa desafiar um rol de “ Al Capones”  experientes e mais do que dispostos a ficar livres, leves e soltos para continuar na orgia da corrupção? Nem pensar!!

O jeito é tentar desmoralizar Moro, com Lula forçando a barra numa bizarra, grotesca e absurda inversão de valores, se possível punindo o juiz com prisão ou um exílio profissional forçado, projeto já em curso.

De outra frente na batalha, é só unir forças, ajuntar os grupelhos de sempre e fazer leis garantindo uma auto-anistia salvadora. Está tudo pronto, garantido na eterna certeza de que o rebanho é manso, sempre entrou na fila do matadouro sem chiar. E a vida de gado, com o povo marcado a ferro quente, arcando com maior carga tributária do planeta, de longe a mais injusta e mal aplicada, segue com todo mundo feliz. Será assim eternamente?

Talvez não. Já existe um grupo ¨espírito de porco¨ querendo mudar para valer. São os inconformados que pretendem justiça a toda sorte de larápios, sem exceção. Quanta ingenuidade! Será que a turma não percebe que não dá para lutar contra a união de todas as quadrilhas encasteladas na política? Querem dar a entender que é viável colocar atrás das grades os graúdos de todas as siglas. Só pode ser brincadeira. Não é!

Se os malandros de sempre acreditam que suas manobras legislando em causa própria, já em curso, será uma perfeita garantia de impunidade, tendo como honrosa parceria o fórum privilegiado e a morosidade do STF, estão enganados. É  apenas  uma questão de tempo. O brasileiro já acordou. Gente de boa lavra, incluindo valorosos profissionais no Judiciário, Polícia Federal, Ministério Público e outras representações sociais, perceberam que é possível reagir. Nada será como antes.

O juiz Sérgio Moro passou a ter uma representação que vai além da essência de seu trabalho árduo. É um estado de espirito que se alastra e toma conta dos homens de bem. Com auxílio da imprensa ética, das redes sociais e com a indignação que revolta, está em curso uma silenciosa e irreversível revolução numa escala tão expressiva que atropela a análise dos corruptos políticos profissionais. Se a lei não atingir a turma do mal, anotem, eles poderão ser julgados, condenados e enforcados pela multidão em fúria. Quem duvidar, verá.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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