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O rei Lula dispensou o voto


       No mais absoluto estilo: “Quem manda neste País sou eu”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceu ao Programa do Ratinho e dispensou o voto dos brasileiros. Numa arrogância que assusta, mas não surpreende, Lula afirmou com todas as letras: “Eu não vou permitir que um tucano seja presidente do Brasil.” O arauto mor do petismo absoluto, esse que pretende suprimir a liberdade de imprensa, impedir a autonomia do judiciário, transformar o legislativo num mero despachante e seguir o caminho dos mestres Hugo Chávez e Fidel Castro, acredita que detém o poder como um rei sem coroa.

        Em mais um de seus destemperos, utilizou um programa de televisão de gosto acre para injetar gás num candidato de sua lavoura particular. O pupilo Haddad, como se fosse um abajur programado aos detalhes para acender e apagar na hora certa, cumpriu à risca seu papel de ungido de sua majestade. Utilizou com esmero as falas prontas, ensaiadas com o marketeiro João Santana, e toda a exposição foi uma propaganda extemporânea mal disfarçada.

       Da última vez que ousou tal empreitada, Lula recebeu uma multa que sequer fez cócegas. Pagou vinte mil reais comprovando que o crime eleitoral compensa. O apresentador Ratinho se lambuzou no mel da bajulação, contribuindo para incrementar o cenário de um circo televisivo com o único propósito de angariar simpatia e votos ao candidato petista ao trono da prefeitura de São Paulo.

      Como afirmou o palhaço Tiririca, o único Deputado Federal que não tem vergonha de ser o que realmente é, se o pleito fosse um concurso de beleza, Haddad já estaria eleito. Em todo caso, acreditando nos ditames de Lula, é melhor não perder dinheiro e esquecer as eleições. O caudilho que brotou dos sindicatos já decidiu quem pode ou não ser governo nos rincões afrolusotupiniquins. Estamos conversados? Nem tanto.

     É necessário que o ex-presidente entenda que ainda existem brasileiros que raciocinam além das telinhas em que rugem ratos de amplas ninhadas. Podemos até considerar viável que se perpetue um grupelho no poder. Mas não pode ser na imposição de quem considera as urnas uma mera formalidade. A retórica primária, obscenamente ridícula, de que tem gente que não gosta dele porque pobre compra veículo ou voa nos aviões, é risível.

    Tenha dó Lula. Quanto mais pessoas utilizarem automóveis e viajarem pelo transporte aéreo, mais se regozijam os milionários. Qualquer besta, menos toda a ala podre do PT, sabe que não existe rico sem consumo dos pobres. O que me irrita mais do que a corrupção do mensalão, a afronta aos poderes constituídos e a tática de manter o poder à qualquer custo, é sua irritante mania de menosprezar a inteligência alheia e fazer escárnio da cultura.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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