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O filho de Lula é o retrato do Brasil

Por razões profissionais, fui obrigado a assistir um nojo cinematográfico de causar enxaqueca por várias semanas. O filme “Lula o filho do Brasil,” patrocinado por diversas empreiteiras, a maioria encalacrada na mega corrupção da Petrobras, é uma dessas bobagens que ninguém merece. A película foi produzida com visível intenção eleitoreira, numa infrutífera intenção de canonizar o eterno retirante.

Sendo uma produção de quinta categoria, piegas na forma e no conteúdo, sequer agradou os fãs classe B que elegeram o nordestino bom de gogó.Até a inefável Glória Pires teve um papel que parecia não se encaixar. Como foi realizado no mais absoluto estilo “vamos puxar que o saco é nosso.” quem entende o mínimo de cinema percebe que se trata de lixo desprezível. De qualquer forma, o filme  tem sido reproduzido em todas as estações que pretendem agradar o governo, com índices baixos de audiência, provando que o povão não é tão cretino quanto se imagina.

Na rabeira dos registros que mostram Lula (abro um parêntese para elogiar a produção “entreatos” que tem valor interessante como informação histórica) seria interessante que alguém realizasse algo para documentar o espetáculo que envolve os filhos de Lula. Os garotos merecem um destaque especial. Eles acabam sendo um verdadeiro retrato do Brasil.

Suas carreiras meteóricas representam a esperteza, o senso de oportunismo e, sobretudo a malandragem no seu mais grotesco espectro. Luís Claudio Lula da Silva, por exemplo, levou ao ápice o misto de hipocrisia e desprezo pela inteligência das pessoas. Ao copiar da internet, de forma primária e rudimentar, um calhamaço de informações para justificar uma assessoria que recebeu milhões e não ofereceu nada, prova seu desdém, na certeza de que o papai famoso poderá salvá-lo até do ridículo. Pode não dar certo.

Aliás, os rebentos do ex-presidente são exemplos clássicos da herança de Macunaíma que afeta a nação. São heróis do faturamento milionário que dispensam o bom caráter. Se tornaram abonados sob uma nuvem de suspeita de fazer corar os homens de bem. E daí? E daí nada. Os fins parecem justificar os meios e que importa é uma conta generosa a garantir o futuro econômico. São os únicos a terem esse procedimento que uns poucos condenam. Claro que não. Trata-se de um esporte nacional que só não participam os que não tiveram oportunidade. Os invejosos. Vão dizer que estou errado?

Aos que duvidarem, basta dar uma olhada a granel na maioria das figuras públicas que assumiram posição de destaque nos diversos poderes. Isso os absolve dos pecados que parecem saltar aos olhos? Entre a justiça dos homens sim, podem acelerar tranquilos seus turbinados e curtir com gosto viagens internacionais e continuar morando em chácaras nababescas – de preferência reformadas por dinheiro de empreiteiras desonestas – ou curtir apartamentos triplex. Quanto à justiça Divina, é um filme diferente. Ou não?

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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