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Unilever mente e continua destruindo o meio ambiente


Na quarta-feira passada, 10 de novembro, escrevi um artigo, corajosamente publicado pelo Diário da Manhã, denunciando as agressões da indústria Unilever em terras do cerrado. Numa incrível demonstração de cinismo, e descaso pelas autoridades, a fábrica tomou duas providências: publicou no jornal O Popular, sexta-feira, 12 de novembro, página 05, um imenso anúncio afirmando o “extravio da caderneta de inspeção sanitária da unidade Iza Costa” e enviou uma nota ao DM, sem assinatura de responsáveis, dizendo que minha denúncia não era verdadeira.
Os irresponsáveis que continuam jorrando imundice nas imediações da Unilever imaginam que toda a sociedade é cretina e frouxa como a lei que não os atinge. Nem toneladas de óleo de peroba podem lustrar a cara de pau dos que orientaram a falcatrua. Perder a caderneta de inspeção dois dias após minha denúncia? Uma conveniência que não engana ninguém.
Certamente por instrução dos advogados, e dando continuidade na chacota ao Ministério Público, o soberbo anúncio foi ajustado apenas no jornal concorrente. Se realizado no DM a farsa iria do intragável ao vomitante.
A tal comissão de comunicação externa, que assinou o inerte arremedo de resposta às minhas denúncias, ignora que tenha provas. Mantenho uma lista com mais de 40 pessoas dispostas a testemunhar. Todas elas me procuraram pessoalmente oferecendo endereço e identidade numa rara demonstração de solidariedade coletiva. Levo muito a sério minha profissão, não invento fatos. Estou disposto e sou capaz de provar que a Unilever mente.
Os inescrupulosos não sabem que existem fotos e testemunhas oculares das atividades criminosas que relatei. Toda a Diretoria da VerdiVale, sem exceção, está coesa confirmando minhas sérias denúncias: os caminhões da Unilever estão destruindo o asfalto da região e despejando líquido nauseabundo nas chácaras e terrenos do setor Mansões do Campus.
Ao invés de tentar desqualificar minha reputação jornalística, e pagar os tubos para engendrar “perda” de documentos importantes, porque não agem corretamente? A Unilever continua com as ações predatórias. Só mudou os horários acordando moradores no bafo da madrugada.
Concordo que a Unilever possui 80 anos de tradição e industrializa produtos importantes. O fato em questão desmoraliza a empresa. Sua continuidade é um acinte.
Ao contrário do que imaginam, o grupo comunitário que represento não está disposto a negociatas capazes de camuflar os danos ao meio ambiente. As centenas de famílias envolvidas não estão à venda. Seu nutrido corpo de advogados não vai nos intimidar. Quem está cometendo um erro brutal é a Unilever e não os moradores prejudicados. Se pretendem conversar com seriedade, e corrigir rumos, estamos de braços abertos. Vamos dialogar.
No arremate, não se iludam, eu não estou sozinho. Sou apenas o canal capaz de desaguar a enxurrada de reclamações. Chega. A Unilever já abusou demais da região que escolheu para ser o lixo do seu quintal de impropriedades. E, por favor, não escolham outro local. Respeitem os goianos.


Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

1 Comentário

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  • Caro Rosenwal Ferreira,

    Sou estudante da Universidade Federal do ABC e estou fazendo um trabalho sobre o Programa de Desenvolvimento Sustentável da empresa Unilever.

    Não é um trabalho muito aprofundado sobre o tema, apenas uma apresentação do projeto e resultados obtidos.

    No entanto, acho interessante também registrar aspectos que não correspondem com a teoria, ou seja, se a empresa realmente segue a “produção sustentável” ou comete alguns deslizes.

    Em uma pesquisa no Google achei o seu blog com esta denúncia, porém não encontrei o desfecho dessa situação ou mais notícias sobre o caso.

    Você poderia ajudar me enviando mais notícias sobre esse caso ou fazendo um breve relato do desfecho dessas denúncias?

    PS: o trabalho é para essa próxima semana, por isso peço que, se possível, responda até segunda (26/10), caso ver a mensagem e não tiver um tempo hábil para responder neste prazo entenderei.

    Obrigado!
    Robson
    [email protected]