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Itamar, “o filho da p…”

Em seu inesgotável cardápio de grosserias irresponsáveis, Lula registra uma frase cujo destempero é de doer os ossos. Certo de que podia tudo por conta de uma popularidade incontestável, em certa ocasião o deus do petismo chamou o ex-presidente Itamar Franco de “filho da p…”, uma expressão chula, que cairia como uma luva, não ao franco Itamar, mas a parceiros políticos que ele (Lula) passou a cultivar. Mesmo sendo um ranheta de carteirinha e com visões que muitas vezes resvalavam no subdesenvolvimento, Itamar tinha uma característica que os sócios de Mr. Silva jamais conseguiram cultivar: era um homem honesto. Portanto, sob a ótica do líder populista, um filho da mãe.

É fato que Lula apareceu todo saltitante tirando proveito de um velório transmitido ao vivo. Como lhe convém, prefere passar uma borracha na ofensa que o próprio Itamar esqueceu. Mas vale recordar. Na já batizada como “herança maldita” que deixou a Dilma Rousseff, sobram larápios de todos os matizes e faltam homens com o topete da integridade.

O pai do maior de todos os escândalos, o mensalão que ele teima em afirmar que nunca existiu, manteve intacta a babel de ladrões que se eternizam sugando os cofres públicos. A história comprova que ele fez do poder a arte de aceitar falcatruas e ajeitar acordos com as oligarquias poderosas.

Ao indicar Palocci sabia muito bem que o sujeito era dado a trambiques. A turma que se embriagou nos funis do Dnit é apenas uma peça de um enorme quebra-cabeças, montado e urdido na era Lula. São tantos os desmandos que nem precisa recorrer a arquivos. O Movimento dos Sem Terra (MST) drenou milhões, idem as ONGs com atuação fantasma, os sindicatos passaram a pairar acima da fiscalização e o ato de enriquecer com desonra deixou de ter importância.

A pasmaceira, com vileza e destruição do pouco que restava de valores éticos nacionais, foi amplamente justificada em torno do “milagre econômico” à Lula lá. Uma bobice de quem não enxerga além das próprias fuças. Não foi esse bando que permitiu o crescimento. Fomos todos nós.

Uma nação de trabalhadores que paga a mais pesada, injusta e mal aplicada carga tributária do planeta, foi quem sustentou o progresso apesar de todos os desfalques. Infelizmente, boa parte do país ficou cego e não soube perceber que nunca existiu um projeto de governo na era Lula. Ele teve o mérito de pedalar a bicicleta no embalo ladeira abaixo.

Aos poucos, o manto das ilusões está se dissipando. Quando existir clareza adequada, a população vai saber como é perigoso acreditar em figuras messiânicas. Os escândalos do Governo Lula, comprovados à exaustão, foram creditados à imprensa burguesa. Engodo, mentira deslavada. As denúncias dos órgãos de comunicação sérios nunca foram desmentidas. A cada dia se comprovam com maior nitidez. Não é a toa que petistas com sólidas raízes éticas já não defendem Lula com o mesmo ímpeto. Apenas a turma que mama, e pretende continuar chupando gostoso, é quem junta todas as peneiras possíveis para tapar o sol.

Rosenwal Ferreira é Jornalista e Publicitário

Twitter: @rosenwalf

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

3 Comentários

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  • Infelizmente é a pura verdade…. É triste ler… mas quem tiver argumentos para desmentir o que está escrito aqui que contribua.

  • Pois é, Rosenwal. O projeto de governo do PT, se levado a cabo, acabará com o Brasil. A moralidade no serviço público virou fumaça, a legalidade é ignorada em todos os âmbitos. Só os corruptos que se locupletam da roubalheira institucionalizada é que podem ser a favor dessa corja. O cidadão de bem não pode contar com a proteção do estado. Acho que a grande maioria de bem deste país deve se mobilizar, marchar pela punição de todos os corruptos que teimam em prosseguir roubando os cofres públicos.

  • GOIÃNIA, 17 DE JULHO DE 2011

    Um exemplo de interferência política e de falta de critério técnico na definição de gestores no Serviço Público Federal : a Superintendência Regional do Incra em Goiás (SR04) está ocupada há 3 semanas (desde o dia 27/06/11) por cinco movimentos sociais (Terra Livre, MLST, FETRAF, MBTR e MVTC). Exigem a saída do atual superintendente, o odontólogo Rogério Papalardo Arantes (nunca teve perfil técnico para a função), que foi indicado politicamente pelo tio, o deputado federal pelo PTB de Goiás, Jovair Arantes. O dentista e atual superintendente está cotado para assumir um cargo de diretoria no INMETRO do estado de Goiás. Neste caso fica a pegunta: qual o critério técnico para ser um diretor do INMETRO? Indicação política do Deputado Federal pelo PTB Jovair Arantes?

    O presidente do Incra, o agrônomo Celso Lisboa de Lacerda, indicou o servidor de carreira, com perfil técnico e atual superintendente do INCRA de Sergipe (SR23), Jorge Tadeu Jatobá Correa, para assumir a Superintendência Regional de Goiás. Entretanto a bancada do PT de Goiás liderada pelo deputado federal Rubens Otoni barrou na Casa Civil da Presidência da República o nome indicado pela própria presidência do INCRA. O PT quer que o sindicalista ligado à Fetaeg (Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Goiás) Elias D’Angelo Borges, técnico de nível médio em agropecuária, assuma a superintendência. O sindicalista já foi investigado pelo ministério público por envolvimento em crime eleitoral cometido conjuntamente com o antigo superintendente, Ailtamar Carlos da Silva (atualmente impedido judicialmente de assumir qualquer cargo público).

    Diante da indefinição do novo superintendente e da desobediência por parte dos movimentos sociais em acatar determinação judicial para a desocupação da sede da superintendência do INCRA em Goiás, os Servidores Públicos lotados nesta autarquia estão impedidos de exercerem suas funções e dignificarem o salário que recebem às expensas dos impostos pagos pelos cidadãos brasileiros.

    Sinto vergonha de ser servidor público federal.

    Max Januário Sousa