Goiás

Preço da pamonha aumenta com alta do milho em Goiás

O preço do milho teve um aumento de cerca de 52% de agosto do ano passado até agora em Goiás. Segundo o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária em Goiás (Ifag), a variação foi puxada principalmente pela alta do dólar e a demanda do mercado externo. Com isso, o preço da pamonha, alimento típico dos goianos, também foi impactado e teve aumento de até 30%.

De acordo com o engenheiro agrônomo Leonardo Machado, coordenador institucional do Ifag, o preço da saca do milho é baseado no dólar “como qualquer outra commodity”. Uma vez que houve uma tendência de alta da moeda norte-americana logo no início da pandemia, a variação acabou refletindo diretamente no preço do grão. Vale lembrar que no ano passado o dólar chegou a valer R$ 5,90.

Machado explica que outro fator que impactou diretamente no preço do milho foi a alta da demanda externa, principalmente de países asiáticos. “Houve uma demanda mundial pelo milho. A China, por exemplo, passou a exportar bastante milho, algo que ela não fazia antes”, afirmou o coordenador, destacando que o Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, e Goiás é o quarto maior do Brasil.

Para se ter uma noção, o preço da saca do milho era vendido a R$ 44 em média em agosto do ano passado. Em setembro deste ano, o preço da saca fica próximo de R$ 70. Para Machado, a tendência de alta no preço do grão deve continuar pelo menos até a próxima safra, prevista para o primeiro semestre do ano que vem. “Aí sim, poderemos ter um certo alívio”, conclui o engenheiro.

Pamonha mais cara

Com o milho mais caro, produtos que têm o grau como base acabam sendo afetados. É o caso da pamonha, amplamente consumido pelos goianos. Ao Mais Goiás, a gerente de atendimento de uma conhecida pamonharia de Goiânia conta que comprava a saca do milho por cerca de R$ 60 em meados do ano passado. Hoje, Keila Anésio revela que a mesma saca é comprada por mais de R$ 80

O reajuste tornou inevitável o aumento do preço da pamonha, que tem o milho como principal ingrediente. “A gente tenta segurar, mas não tem como não repassar pelo menos um pouco [para o consumidor]”, diz Keila. De acordo com a gerente, a pamonha mais barata da do estabelecimento podia ser comprada por R$ 9,20 no ano passado, no início da pandemia. Hoje, a mesma sai por R$ 12.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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