A Bolsa brasileira (B3) não é mais território hostil para as empresas de tecnologia, que viraram as novas “queridinhas” do mercado. Apesar de a B3 ainda ser dominada por ações de bancos e ligadas a commodities, cinco ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês) muito bem recebidas pelos investidores no período de um ano parecem ter acabado com o estigma de que companhias do setor teriam de olhar para os Estados Unidos se quisessem abrir capital.
Em sua estreia na Bolsa na última sexta-feira, 5, as ações da Mosaico chegaram a bater alta de 96%, após a demanda pelas ações superar em 20 vezes a oferta do IPO. Outras entrantes mais recentes também tiveram valorização recorde em relação ao preço estabelecido na oferta: Méliuz e Enjoei, que estrearam na B3 em novembro, subiram 241% e 103,9%, respectivamente, enquanto Neogrid acumula ganho de 93,7% desde sua entrada, em dezembro.
No entanto, o caso mais emblemático é o da Locaweb, empresa de serviços de internet para o segmento de pequenas e médias empresas (PME). Ela se valorizou mais de 500% desde sua estreia, em fevereiro do ano passado, antes de a ação ser desdobrada na proporção de quatro para uma, como forma de aumentar a liquidez na Bolsa. Um elo entre as cinco empresas é que todas estão ligadas à digitalização forçada trazida pela pandemia, o que aumentou suas receitas e o interesse por perspectivas de forte crescimento.
Fonte: Estadão
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