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Servidores da Educação da rede municipal de Goiânia podem iniciar greve hoje

Após inúmeras tentativas de negociação, os servidores de Educação da rede municipal de ensino de Goiânia podem iniciar greve hoje (15) se não houver acordo com a Prefeitura referente ao reajuste salarial. Uma assembleia será realizada, a partir das 9 horas, no Cepal do Setor Sul, para ouvir os trabalhadores e decidir se a greve será iniciada ou não, conforme afirma o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego).

No último dia 8, cerca de 90 unidades paralisaram as atividades para reivindicar o reajuste para a Prefeitura. O prefeito Rogério Cruz propôs reajuste de 7,5%, mas a categoria quer os 33,2% definidos pelo Governo Federal. A categoria reivindica 20% de reajuste, pois são duas datas-base vencidas.

O prefeito alegou que o reajuste apresentado ao Sindicato é suficiente. “O reajuste apresentado, de 7,5%, é suficiente para que todos os trabalhadores recebam mais do que o mínimo previsto, de R$ 3.845,63 para os profissionais com dedicação de 40 horas semanais”, disse em nota.

Já a presidenta do Sintego, Bia de Lima, ressalta que a categoria não abre mão dos 33,2% e alerta que o prefeito deveria apresentar uma proposta neste sentido de forma parcelada. “Falei isso para ele, mas recusou”, diz. O valor definido pelo Governo não foi bem visto pelas prefeituras, que argumentam não terem recursos.

“Estaremos prontos para o que for necessário. O Sintego luta para que os trabalhadores tenham os direitos reservados e o que está na Legislação sem precisar fazer grave, mas é óbvio que a gente não descarta nenhum tipo de mobilização. Não descartamos nenhuma movimentação justamente porque é um princípio de qualquer categoria”, informa Bia de Lima .

O Sindicato também rejeitou a proposta de 9,3% de data-base para os servidores administrativos referentes a 2020 e 2021. Bia de Lima ressalta que irá buscar construir um novo plano de carreira mais atrativo. “A possibilidade de data-base de 2022, já amplia, mas precisamos reconstruir. Recebemos os piores salários da administração”, reforça.

Opiniões distintas 

As movimentações dos servidores em busca do reajuste e outros direitos dividem as opiniões. Déborah Lia, que é mãe do aluno Benjamin, de 2 anos, do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Lygia Rassi, afirma que apoia a paralisação da categoria. “Eu entendo e apoio que eles devem exigir os seus direitos até porque a profissão exige muitos deles. Cuidar de criança não é fácil”, diz.

Contudo, outra parcela não concorda com a greve e alega que iria prejudicar os estudantes. Nas redes sociais do Sintego, uma mulher diz que greve seria um desrespeito com a educação. “Não é justo com as crianças. Os pais e a população não apoiam a greve”, escreveu. Outra moça diz que as crianças iriam sair prejudicadas.

Previsto por lei

Coordenador-geral do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), Antônio Gonçalves, disse que os funcionários administrativos estão desde 2019 sem o reajuste previsto em lei. Já os professores aguardam desde o início de janeiro pelo cumprimento do piso-salarial da categoria.

“Notamos uma má vontade por parte da Prefeitura em cumprir o que rege a legislação. Nós já fizemos um outro movimento em janeiro desde ano, no qual nos reunimos com o secretário municipal de Educação para apresentar as demandas, mas desde então não tivemos nenhum retorno”.

Entre as pautas discutidas estão o reajuste do piso, data-base, plano de carreira dos administrativos, auxílio transporte, quinquênio, gratificação dos diretores, modulações, pandemia e concurso público. Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia informou que as reivindicações do Simsed estariam sendo negociadas com os sindicatos.

 

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Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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