Política

Quantidade expressiva de votos brancos e nulos pode se justificar por rejeição dos candidatos ao PT

O segundo turno das eleições municipais em Goiânia impressionou por diversos motivos. Um deles foi a grande quantidade de abstenções, votos brancos e nulos registrados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO). De acordo com informações do Tribunal, foram 26.195 (4,26%) votos Brancos e 60.546 (9,86%) votos Nulos.

Esse comportamento se justifica, na interpretação da cientista política Rejaine Pessoa, por dois fatores distintos: “O primeiro deles diz respeito às opções de voto. Diferentemente do primeiro turno onde o eleitor tem uma gama de diferentes nomes e representantes para escolher, no segundo turno a escolha se resume a dois candidatos, ou seja, muitos não sentem representados por nenhum dos dois nomes. Então, diferente do primeiro turno, não há motivação que faça com que o eleitor compareça.

Quanto ao segundo ponto, ela explica que este é “mais específico”. “Tratando-se especificamente da disputa entre Maguito Vilela e Vanderlan Cardoso, o que vimos é que ambos rejeitaram o apoio do PT, que demonstrou nas urnas ser o terceiro partido mais votado pela população. Ambos os candidatos negaram o partido e, consequentemente, o voto de muitos eleitores”, avaliou.

Para ela, uma quantidade de votos brancos e nulos mais significativa é esperada numa disputa de segundo turno com a do último domingo. No entanto, o fator pandemia também pode ter contribuído com a quantidade de abstenções do último pleito. “Podemos considerar também que a cada ano o eleitor tem se mostrado mais insatisfeito. Essas pessoas podem ter aproveitado o momento atípico que vivemos para se abster do voto”, considerou a especialista.

Comportamento

Por sua vez, o cientista político Wilson Ferreira considerou que o brasileiro está cada vez mais crítico em relação aos políticos. “Isso não é ruim pois o que vemos é um desfile de promessas não factíveis. Quase 50% dos eleitores não compareceram e acabam, com isso, colocando os políticos em seus respectivos lugares ao mostrar que nenhum deles é Deus. Essa é uma tendência mundial, não só do nosso País”, disse.

Para ele, esse é um sinal claro de que “o eleitor está dando nota zero para a política”. “O cargo não pode ser encarado como profissão. Ele deve ser exercido como uma dedicação voluntária do indivíduo. A população tem percebido que muitos dançam conforme a musica toca, que são oportunistas e gostam de aparecer em ano eleitoral. Sendo assim, muitos demonstram essa insatisfação na urna, como vimos”, pontou.

fonte: Jornal Opção

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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