O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,7% no terceiro trimestre do ano em comparação com o período imediatamente anterior. Desssa forma, a economia recuperou parte dos 9,7% perdidos de julho a setembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora seja um indicador positivo, o crescimento do PIB foi menor do que o esperado por especialistas. Os economistas apontavam para uma recuperação de 8,7% deste percentual.
Mesmo que a situação seja de otimismo, dois fatores são apontados como cruciais para a manutenção do crescimento econômico brasileiro. A chegada e disseminação da vacina no início do ano que vem é o primeiro. O outro fator, é o compromisso do governo com o teto de gastos.
Luana Miranda, economista e pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, (Ibre-FGV) faz um alerta para os próximos meses. “Em termos de recuperação, a reação é positiva, mas há aumento de casos de covid-19 no Brasil, que pode levar a novas medidas restritivas à circulação, que já afetam São Paulo, por exemplo”.
Já o economista Luka Barbosa afirma que o governo deve cortar os auxílios no ano que vem, para não piorar a situação da dívida pública do País. “Em discurso recente, o governo voltou a sinalizar que suas intenções vão em linha com o fim desses pagamentos e com a necessidade de se manter o teto de gastos no ano que vem, mas isso precisa se confirmar”.
Serviços e Indústria
Um dado apontado como surpresa positiva veio do setor de serviços, responsável por 74% do PIB. Apesar de ainda ter categorias com percentual 10% abaixo do período pré-crise, o setor se recuperou 6,3% entre os meses de julho e setembro, em relação ao trimestre anterior.
“O auxílio emergencial teve muita relevância nesse resultado, assim como a política de manutenção Do emprego formal e de crédito com a contrapartida de não demissão”, diz Luana Miranda, economista e pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, (Ibre-FGV).
Além de serviços, o setor Industrial também ajudou o resultado total do trimestre, com alta de 14,8% na margem. Entre as categorias que mais se destacam, está a de construção, que avançou 5,6% nos terceiro trimestre.
[Esta matéria conta com informações da Revista Exame]
fonte: Jornal Opção
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