Dado o crescimento medíocre observado no período 2017-2019, a conclusão inescapável é que a tão agenda de reformas não tem tido sucesso no sentido de colocar o Brasil na rota do desenvolvimento econômico.
A ocorrência de dois trimestres consecutivos de queda do PIB define uma recessão técnica. Dada a magnitude da queda do PIB ocorrida nos dois primeiros trimestres de 2020 e o forte estímulo fiscal representado pelo programa de renda emergencial é provável que no terceiro trimestre do ano o PIB apresente um crescimento expressivo. Fala-se de um crescimento de cerca de 5% no terceiro trimestre e de 1,5% no último trimestre.
Mesmo que esse crescimento se materialize, a economia brasileira irá encerrar o ano de 2020 com um PIB quase 6% mais baixo do que o prevalecente no último trimestre de 2019. Nem de longe tal resultado pode ser entendido como uma recuperação em V. Em termos de PIB per capita o resultado será ainda pior: uma queda de quase 7% na comparação com o final de 2019.
fonte: Jornal Estadão
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