O Senado Federal rejeitou nesta semana a Medida Provisória 1045/2021, que mantinha o programa de proteção ao emprego e criava projetos que, entre outras coisas, incentivava a contratação de jovens e pessoas com mais de 50 anos. Para os críticos, a proposta era considerada uma minirreforma trabalhista, sendo considerada um retrocesso. Na visão do governo, no entanto, a proposta buscava garantir a manutenção dos empregos em meio à pandemia, afirma o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni. “Temos 14 milhões de pessoas desempregadas. Elas estão precarizadas. Estamos falando de abrir uma porta para pessoas que, em sua grande maioria, não têm qualificação. Ideia é dar oportunidade para que em um turno ela pudesse ter uma ocupação, seja na empresa privada ou pública, e a cada semestre ela teria que fazer uma formação”, afirmou ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan. “Uma pessoa que vai se capacitando tem mais conceições de poder melhorar a renda ou buscar colocação que possa melhorar o seu ganho”, completou.
Segundo Lorenzoni, que nega que a MP fosse uma minirreforma, a proposta do governo é apresentar na próxima semana uma alternativa para que o tema volte a ser discutido no Congresso Nacional. “O Brasil gerou de janeiro até julho 1,8 milhão de empregos de carteira assinada, uma das maiores gerações da última década. Temos esperança de que até o final do ano chegue perto de 2,5 milhões, o que seria marca extraordinária para o país. Os programas eram focados em abrir uma porta [ao mercado de trabalho], que lamentavelmente o Senado fechou”, pontuou. Na visão do ministro, a rejeição dos senadores ao texto aconteceu devido a uma disputa entre os parlamentares, sendo a recusa uma espécie de “recado” enviado aos deputados. “Por causa desse conflito surdo que existe entre a Câmara e o Senado, a nossa votação acabou sendo insuficiente. Foi mais uma crise momentânea, que vai passar.”
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