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Líderes do golpe de Estado na Guiné falam em ‘união nacional’ e liberação de presos

Após destituírem o presidente da Guiné, Alpha Conde, de 83 anos, no último domingo, 5, líderes do golpe militar de Estado anunciaram, em comunicado transmitido em televisão nacional, que avaliam a liberação de presos políticos “o mais breve possível” e a remoção de bloqueios de estradas de segurança na capital Conakry. “O Presidente do Conselho Nacional de Recuperação e Desenvolvimento instruiu o Secretário-Geral do Ministério da Justiça hoje a entrar em contato com o Ministério Público, a administração penitenciária e os advogados a fim de fazer uma análise aprofundada do arquivo de presos políticos para sua libertação assim que possível”, disse o coronel Amara Camara, membro da Junta Militar. Nesta segunda-feira, 6, o coronel Mamady Doumbouya, líder do movimento, garantiu que os negócios não seriam afetados e prometeu que “um governo de unidade nacional será estabelecido para liderar a transição”.

A tomada de poder acontece em um momento de insatisfação generalizada em relação ao governo do ex-presidente, acusado de extrapolar os limites constitucionais em meio a uma economia estagnada e ainda mais fragilizada pelos efeitos da pandemia da Covid-19. Envolto na bandeira nacional, Doumbouya apareceu em televisão pública, logo após o golpe, acusando o governo de “corrupção endêmica” e “atropelamento dos direitos dos cidadãos”. Em poucas horas, os militares declararam que estavam revogando a Constituição, impuseram um toque de recolher, dissolveram o governo e substituíram os principais governadores e outros administradores pelos militares. “Restauração do toque de recolher: das 22h às 5h até novo aviso. Convido todos os guineenses a respeitarem as medidas sanitárias decretadas pela ANSS”, publicou Doumbouy no Twitter. Vídeo enviado pelos golpistas à agência de notícias AFP mostrou o ex-presidente sentado em um sofá cercado por soldados. A União Africana e as Nações Unidas pediram a libertação de Conde.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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