Moscou afirmou nesta quarta-feira que não tem sentido dar um ultimato à Rússia, em resposta ao secretário de Estados dos EUA, Rex Tillerson, que exigiu ao Kremlin que deixe de apoiar o regime de Damasco. “Não vejo isso como um ultimato. Acredito que faz tempo que todo mundo entendeu que não tem sentido vir a nosso país com um ultimato”, disse hoje a porta-voz do Ministério de Exteriores russos, Maria Zajarova.
Tillerson, que aterrissou ontem em Moscou procedente da reunião de ministros de Exteriores do G7 realizada em Roma, manterá hoje uma reunião com seu colega russo, Serguei Lavrov, na qual centrará sua atenção sobre a Síria. Também pode ocorrer uma entrevista com o presidente russo, Vladimir Putin, já que apesar de não estar na agenda, o Kremlin não descartou essa possibilidade.
Tillerson, o primeiro alto funcionário dos EUA que visita este país desde a chegada ao poder de Donald Trump, pediu a Putin que escolha entre o regime sírio de Bashar al-Assad e uma aliança com Ocidente, em uma declaração publicada ontem pelo site do Departamento de Estado americano. “Essa é uma aliança a longo prazo que serve aos interesses da Rússia ou prefere se unir aos Estados Unidos, junto com outros países ocidentais e do Oriente Médio, para resolver a crise em Síria?”, disse antes de viajar rumo à Rússia.
Desde o suposto ataque químico de 4 de abril na província síria de Idlib, os Estados Unidos não deixaram de acusar a Rússia de ser responsável “moral” pela morte de quase 100 civis. O presidente americano Donald Trump disse ontem em uma entrevista à rede “Fox” que Putin está apoiando “uma pessoa verdadeiramente malvada”, em referência ao líder sírio, Bashar Al-Assad. Fonte (UOL Notícias)
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