Política

Em 35 anos, áreas ocupadas por favelas no Brasil cresceram 51%

Um levantamento inédito sobre áreas urbanizadas feito a partir de imagens de satélite captadas entre 1985 e 2020 mostra que a área total de favelas no Brasil aumentou 51%. No período, a extensão de moradias informais avançou 95 mil hectares, o que equivale a três vezes a área de Salvador, na Bahia, ou 11 vezes à área de Lisboa, em Portugal.

Os dados foram levantados pela plataforma MapBiomas, envolvendo também universidades, organizações não governamentais e empresas de tecnologia. As regiões Norte e Nordeste foram as mais afetadas pelo crescimento da “favelização”. Nos estados dessas regiões, os espaços urbanos informais passaram a existir onde não eram encontrados, com crescimento territorial em alguns estados de até 93%, como é o caso de Rondônia.

A situação de capitais da região Norte, próximas à Floresta Amazônica, também é preocupante. Belém (PA) tem 51% de sua área urbanizada ocupada por favelas, enquanto em Manaus (AM) esse percentual é de 48%.

“De maneira geral, houve um processo de urbanização precária em uma área muito grande. Grande parte desse processo de favelização ocorreu nas regiões Norte e Nordeste. São ocupações em áreas de risco, nas quais a população fica sujeita às alterações climáticas. São dados preocupantes”, afirma um dos coordenadores do mapeamento de áreas urbanizadas da MapBiomas, Júlio Cesar Pedrassoli.

As residências instaladas nessas áreas têm padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais (água, esgoto e coleta de lixo regulares, por exemplo) e risco de deslizamentos, enchentes ou alagamentos.

“A combinação desses dois dados deve acender uma luz amarela para os gestores públicos, porque eles criam as condições perfeitas para desastres urbanos”, explica Júlio Cesar Pedrassoli.

 

O HOJE

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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