Meio Ambiente

Amazônia tem junho com maior nº de focos de incêndio desde 2007

biloMatupi09.jpg Santo Antonio do Matupi / AMAZONAS 27/08/2019 EMBARGADO POLITICA - AMAZONAS / QUEIMADAS / DESMATAMENTO - AMAZON DEFORESTATION Queimada na terras do produtor José Silva de Souza em Santo Antonio do Matupi, sul do Amazonas. O local foi atingido por um indendio provocado FOTO GABRIELA BILO / ESTADAO

A Amazônia registrou 2.308 focos de incêndio entre 1º e 30 de junho, o maior número para o mês de junho desde 2007. Os dados são do monitoramento de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. A maior parte dos incêndios, 66,5%, aconteceu no Mato Grosso, seguido pelo Pará (18,4%) e por Rondônia (5,7%). Desde 2019, a gestão Jair Bolsonaro tem sido alvo de críticas no Brasil e no exterior por causa da explosão de incêndios e do desmatamento na floresta.

Houve 29 registros de queimadas em áreas de conservação estaduais, principalmente na Área de Preservação Ambiental da Chapada Maranhense, que teve 13 focos de incêndio. Entre as áreas de conservação federais, houve 30 focos de fogo. A região mais afetada foi a Parna dos Campos Amazônicos, com 13 focos.

Bolsonaro autoriza novas operações militares na Amazônia e proíbe queimadas

 

Queimadas deixam marcas profundas na Amazônia
Amazônia registrou 2.308 focos de fogo em junho Foto: Gabriela Biló/Estadão

As terras indígenas registraram ao todo 110 focos de incêndio. Destes, 36,4% aconteceram no Parque do Xingu, em Mato Grosso.

Na segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro autorizou a atuação de militares na Amazônia para o combate de crimes ambientais. A medida, no modelo de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), vale para terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental, em áreas de propriedade ou sob posse da União, e, se pedido pelos governadores, em outras áreas dos Estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia. As tropas estão liberadas para atuar nessas áreas pelo período de 28 de junho a 31 de agosto deste ano.

No dia seguinte, o presidente editou um decreto que proíbe queimadas para práticas agropastoris em todo o País por 120 dias. A suspensão temporária não se aplica a alguns casos, como práticas de prevenção e combate a incêndios realizadas ou supervisionadas pelas instituições públicas responsáveis pela prevenção e pelo combate aos incêndios florestais; práticas agrícolas de subsistência executadas pelas populações tradicionais e indígenas; e controle fitossanitário, desde que autorizado pelo órgão ambiental competente. Também ficam liberadas as queimas controladas, em áreas não localizadas nos biomas Amazônia e Pantanal, desde que sejam imprescindíveis à realização de práticas agrícolas e previamente autorizadas pelo órgão ambiental estadual ou distrital.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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