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Sem doação empresarial, sistema eleitoral ficou com “pé quebrado”, diz Gilmar

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, defendeu hoje (24) as discussões em torno da volta de doações de empresas a campanhas eleitorais, argumentando que desde a sua proibição, o sistema ficou com o “pé quebrado”.

Para Mendes, mesmo que aprovado um fundo público bilionário para custear as eleições, a quantia muito dificilmente seria suficiente para custear as campanhas, abrindo espaço para fraudes nas doações.

A comissão especial de reforma política na Câmara chegou a estipular o valor de R$ 3,6 bilhões para um fundo público destinado a custear campanhas eleitorais, recuando após a repercussão negativa da população.

O ministro destacou que, com base em dados passados, as campanhas somente para deputados federais teriam o potencial de custar mais de R$ 5 bilhões. Para ele, as doações por empresas poderiam voltar, “desde que devidamente disciplinado e impondo limites”.

“O fato é que estamos hoje com sistema imperfeito. A doação de pessoas físicas não é suficiente. Os recursos públicos também parecem não ser suficientes”, disse Mendes. “O sistema hoje está de pé quebrado, é preciso encontrar uma maneira de sanar.”

Ele reiterou suas críticas ao modelo de doações somente por pessoas físicas, que considera ser favorável a fraudes. Segundo Mendes, nas eleições municipais de 2016, as primeiras sem as doações por pessoas jurídicas, há suspeitas de fraudes nas transações de cerca de 300 mil das 730 mil pessoas que doaram.

Semipresidencialismo

Mendes disse que talvez não seja o caso de, neste instante, promover uma mudança mais profunda no sistema político, do presidencialismo para o semipresidencialismo, uma “reengenharia institucional” defendida por ele, em que, apesar de haver um primeiro-ministro, o presidente mantém a força política.

Ele informou, no entanto, que “muito provavelmente” voltará a se reunir com o presidente Michel Temer nesta quinta-feira para debater o tema.

Ontem (23), Mendes esteve com Temer e também com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em encontros não agendados cujo tema foi, entre outros, o semipresidencialismo, segundo informado pelas assessorias das autoridades. Fonte: Agência Brasil

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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