A recuperação da economia brasileira perdeu fôlego no 2º trimestre, evidenciado que ainda há uma série de obstáculos para a retomada e para a melhora das expectativas. Dados divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo IBGE mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 0,1% no 2º trimestre, na comparação com os três primeiros meses do ano.
A queda ocorre após a surpresa positiva da alta de 1,2% no 1º trimestre, refletindo quebras de safras na agricultura, falta de insumos em cadeias da indústria e uma normalização ainda incompleta de diversos setores, sobretudo o de serviços – o mais impactado pela pandemia de coronavírus.
Com o avanço da vacinação e fim das restrições sanitárias na maior parte do país, a expectativa é que o PIB do terceiro e quarto trimestre retome a trajetória de recuperação. Mas em em meio a um cenário de inflação nas alturas, de juros subindo, de escalada da tensão política, de preocupações com o agravamento da crise hídrica e de antecipação da disputa eleitoral, os analistas passaram a revisar para baixo as previsões econômicas.
Economistas ouvidos pelo G1 alertam que tem aumentado o nível de incerteza em relação à economia. Embora permaneça a expectativa de um crescimento do PIB até mesmo acima de 5% em 2021, boa parte dos analistas já vê para 2022 um crescimento mais próximo de 1,5% do que de 2%.
G1
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