Geral

Pesquisadores da UFG desenvolvem sensor que identifica adulterantes em leite bovino

Premiado em 1° lugar pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) do estado de Goiás em outubro, o projeto da pesquisadora Bárbara Guinati e sua equipe do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (IQ/UFG), denominado “Detecção simultânea de adulterantes em leite utilizando dispositivos microfluídicos fabricados em papel”, tem por objetivo fazer uma triagem rápida do leite para identificação de peróxido, uréia e pH, utilizando dispositivos de baixo custo.

Para identificar os adulterantes, Guinati explica que é utilizado uma laminadora de escritório para plastificar um dos lados do papel e em seguida esse papel laminado é levado a um plotter onde são recortados os dispositivos no formato desejado.

A detecção é feita por meio de uma reação colorimétrica. Quando os adulterantes estão presentes na amostra, eles entram em contato com os reagentes específicos para cada adulterante colocados em cada uma das zonas de detecção e, assim, após a reação, há a formação de um produto com coloração diferente da inicial.

A análise do resultado pode ser feita de forma qualitativa por meio de uma resposta sim ou não apenas pela percepção visual da mudança de cor ou, de maneira quantitativa, onde a intensidade da coloração formada pode ser correlacionada com a concentração do adulterante no leite.

Por enquanto os sensores foram testados apenas para a identificação de adulterantes em leite bovino. Por ser de manuseio fácil, rápido e barato, até mesmo pessoas que não são qualificadas conseguem realizar o procedimento e fazer a análise.

Entretanto, a manipulação e o uso de reagentes químicos para preparar e aplicar os reagentes que promovem a cor no dispositivo devem ser feitos por uma mão-de-obra especializada.

A pesquisadora ainda explica que o produto deve passar por algumas validações para atender as necessidades do mercado e dos seus potenciais consumidores, principalmente no que diz respeito à comercialização.

Sobre a pesquisa

A pesquisa tem sido desenvolvida pelo laboratório de Microfluídica e Eletroforese coordenado pelo professor Wendell Coltro. “A ideia para detecção de substâncias químicas em leite nos chamou muita atenção, uma vez que Goiás está entre os principais produtores de leite do Brasil e esse tipo de produto é alvo de muitos tipos de adulterações”, afirmou Bárbara Guinati.

O estado de Goiás é responsável por 10% da produção nacional de leite, tornando-se assim o quarto maior produtor do alimento no Brasil. Considerado pelos especialistas como essencial para a manutenção da saúde humana, o leite é fonte rica em proteínas, vitaminas e cálcio, entretanto ele tem sido alvo de constantes adulterações.

De acordo com Bárbara Guinati, a adulteração ocorre com a adição de água para aumentar o rendimento e até adição de produtos químicos para aumentar a vida útil do produto.

Os adulterantes mais citados e que podem ser encontrados no leite são o peróxido de hidrogênio (H2O2), uréia, melamina, alguns tipos de neutralizantes (pH), antioxidantes, amido e hipoclorito de sódio. “A alta concentração desses analitos pode ser prejudicial para a saúde humana tornando inviável seu consumo”, afirmou a pesquisadora.

fonte: Jornal Opção

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

Deixe seu Comentário

Clique aqui para comentar

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.