Após o anúncio do superintendente de Vigilância em Saúde, Yves Mauro Ternes, sobre as novas flexibilizações aprovadas na reunião do Comitê de Operações de Emergência (COE) Municipal desta segunda-feira, 26, o Jornal Opção conversou com representantes do setor para entender o que muda com as novas deliberações.
O superintendente detalhou que foi aprovada a reabertura de áreas comuns de condomínios horizontais e verticais para que as pessoas retomem suas atividades, desde que seja respeitado o distanciamento de 2m, uso de máscara e outras medidas de precaução.
Também será liberado o uso de piscinas por mais de um apartamento ou residência ao mesmo tempo desde que se mantenha o distanciamento de 2m. Já brinquedotecas, sala de jogos e ambientes fechados permanecem proibidos. Enquanto áreas comuns abertas tais como churrasqueiras e fornos de pizza podem ser usadas apenas por pessoas do mesmo núcleo familiares, ou seja festas nestes espaços não estão liberadas.
Para o assessor jurídico do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias do Estado de Goiás (Secovi), Leonardo Avelino, é preciso aguardar a nota técnica detalhando algumas regras, no entanto ele aponta que a prefeitura tem tratado condomínios como estabelecimentos comerciais, o que seria um equívoco. Ele explica que isso gera certa confusão e as pessoas acabam não conseguindo interpretar as regras dos decretos no que diz respeito aos espaços dos condomínios residenciais.
“O que pedimos ao município é mais clareza e que esses espaços não sejam tratados como estabelecimentos comerciais. Pedimos que analise com mais cuidado e faça normas mais claras p voltadas realidade dos condomínios”, defende o representante do Secovi.
Ele cita a questão dos salões de festa que foram liberados na última semana, mas que agora foi anunciado que espaços fechados seguem fechados. “Alguns espaços de festa são abertos outros fechados, por isso é preciso esperar o documento com esse detalhamento. Outra coisa que temos orientado é para que os condomínios colham um termo da pessoa que vai fazer a festa assumindo a responsabilidade pelo cumprimento das normas, já que o síndico não tem poder de policia para entrar no evento e fiscalizar”, explica.
Bares e restaurantes
Em relação aos bares e restaurantes, foi acertada uma ampliação da flexibilização para 50% de lotação e até seis pessoas por mesa, desde que mantido o distanciamento de 2m entre as mesas e outras recomendações. No entanto, o setor esperava mais e, por isso, a liberação foi vista como tímida por representantes dos estabelecimentos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bares e Restaurantes de Goiânia (Sindibares), Newton Pereira, o sentimento do segmento é de decepção. “Nós achamos a flexibilização muito modesta no sentido que os dados epidemiológicos são favoráveis a um retorno maior. O número de casos, ocupação de leitos e curva estão caindo. Esperávamos que fossem liberadas pelo menos oito pessoas por mesa, além da redução do espaçamento”, disparou.
“Os restaurantes precisam ganhar dinheiro, pois ainda estão acumulando déficit. Aguardamos tanto tempo e nos deparamos com uma flexibilização muito conservadora. Fomos os primeiros a fechar e seguimos sem a autorização para funcionamento das brinquedotecas e com 50% de redução de mesas. Isso inviabiliza algumas operações, mas temos que trabalhar para que as marcas não desapareçam. O COE municipal é muito conservador”, lamentou Newton.
fonte: Jornal Opção
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