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HGG promove mais de 800 transplantes de órgãos

Esse número coloca o hospital goiano entre os dez maiores centros transplantadores de rins no Brasi

A recusa familiar é o principal motivo que impede doação de órgãos | Foto: Divulgação/SES

O mês de setembro começa com a campanha que destaca a importância da doação de órgãos. Como o número de doações efetivadas ainda é pequeno, o Setembro Verde é dedicado a tratar o assunto. Dados de Goiás mostram que neste ano, dos 41 casos de doações elegíveis, as 41 famílias foram entrevistadas, mas apenas em 13 situações as doações foram concretizadas, ou seja, 31,7% chegaram salvaram vidas.

A coordenadora da Central de Transplantes de Goiás, Katiúscia Christiane Freitas, lembra a importância de conscientização desta prática que salva vidas. Ela detalha que o doador deve informar seus familiares sobre a decisão. A recusa familiar é o principal motivo que impede doação de órgãos, de acordo com pesquisa conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera.”

Quando ocorre uma morte cerebral em uma unidade de saúde, equipes de psicólogos conversam com os familiares do paciente para que estes tomem a decisão. O HGG realizou a captação de órgãos de um paciente em julho deste ano. Ele tinha 40 anos e teve morte cerebral depois de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Médicos vieram de São Paulo para captação do coração; de Brasília para a captação do fígado e médicos de Goiás fizeram a captação dos rins e córneas. “Neste caso, até seis pessoas poderiam ser beneficiadas, mas há casos em que até dez pessoas podem receber órgãos e tecidos.”

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O Dia Nacional da Doação de Órgãos foi criado por lei em 2007 para realizar campanhas de estímulo à doação. O Ministério da Saúde também orienta aos futuros doadores que conversem com os familiares e, se considerarem necessário, autorizem por escrito a doação dos órgãos e tecidos. O ministério também informa que o Brasil tem o maior programa público de transplante de órgãos de tecidos e de células do mundo e os pacientes recebem assistência integral gratuita, incluindo exames pré-operatórios cirurgias , acompanhamento e medicamentos pós transplante pela rede pública.

Segundo o Ministério da Saúde, mais de 50 mil brasileiros aguardam na fila do transplante de órgãos. A maioria está à espera de um rim. O transplante de córnea é o segundo com maior número de pacientes na lista. Em Goiás, 1.526 pessoas aguardam por uma córnea; 397 pessoas esperam por um rim e sete pessoas estão na lista na espera por um fígado, segundo dados da Central de Transplantes de Goiás.

Referência em transplantes

Com um investimento de aproximadamente R$ 2,8 milhões, as instalações da ala de transplantes do HGG contam com uma estrutura moderna em uma área de 644 metros quadrados, com 32 leitos, sendo 26 para transplantes de rins, fígado, pâncreas e rim-pâncreas, e outros seis para transplante de medula óssea.

Desde o início das cirurgias de transplante no HGG, em 2017, até agosto deste ano, 805 transplantes renais foram realizados na unidade e outros 45 de fígado. Esses números colocam o HGG entre os dez maiores centros transplantadores de rins no Brasil, segundo dados do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Chefe de equipe de transplante renal da unidade, médica Silvia Marçal afirma que a unidade busca ser um dos cinco maiores centros transplantadores do País e, assim, colocar o HGG em uma relevante posição de destaque nacional par ser firmar ainda mais como referência nacional em transplante renal. Além do transplante de rim, a unidade também realiza transplante de fígado e está com os trâmites praticamente finalizados para realização do transplante de medula óssea, assim como o de pâncreas e rim-pâncreas. O HGG é a única unidade de saúde estadual que realiza transplantes de órgãos.

O HOJE

 

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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