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Cúpula no Uruguai defende solução interna para a Venezuela

epa05312902 Venezuelan President Nicolas Maduro speaks during a press conference at the Miraflores Presidential Palace in Caracas, Venezuela, 17 May 2016. Maduro denounced the violation of Venezuelan airspace by US airplanes that flew over illegally two times in the last week. EPA/MIGUEL GUTIERREZ

O Grupo de Contato Internacional (GCI) para a Venezuela, que se reuniu nessa quinta-feira (7) em Montevidéu, decidiu enviar uma missão técnica ao país para dialogar com o governo e a oposição.

O grupo deixou claro que o fim da crise deve ser uma “solução venezuelana”, em linha com a posição inicial da chefe da diplomacia europeia, a italiana Federica Mogherini, que defende a não intervenção no país.

O chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, disse que “a solução tem que ser venezuelana, porque a outra alternativa é o caos, é a confrontação e, com toda certeza, pode ser o conflito armado”.

O grupo também apelou à realização de eleições presidenciais livres, segundo a declaração divulgada ao final do encontro, assinada por todos os países participantes, com exceção da Bolívia e do México, que não faz parte do grupo de contato, mas participou da reunião.

“O grupo apela à criação de uma abordagem internacional comum para apoiar uma resolução pacífica, política, democrática e integralmente venezuelana da crise, excluindo o uso da força, por meio de eleições presidenciais livres, transparentes e credíveis, de acordo com o Constituição venezuelana”, diz a declaração.

Mogherini também destacou que a União Europeia (UE) já mobilizou ajuda para a Venezuela, no valor de 60 milhões de euros, aos quais se somarão mais 5 milhões. Ela afirmou que a ajuda humanitária deve ser canalizada de forma imparcial e não deve ser politizada e que a UE está disposta a abrir em Caracas um escritório para gerenciar essa assistência.

Participaram da primeira reunião do GCI a UE, que esteve representada por Mogherini e por oito Estados-membros: Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha, Reino Unido, Holanda e Suécia. Do lado da América Latina, estiveram presentes a Bolívia, Costa Rica, o Equador, México e Uruguai.

Novoa disse que a participação no grupo está aberta a outros países e destacou a “confluência” com o chamado Mecanismo de Montevidéu, uma iniciativa proposta pelo México e o Uruguai e que consta de quatro etapas, centradas no diálogo imediato, na negociação, nos compromissos e implementação.

Sobre o Mecanismo de Montevidéu, Mogherini afirmou que, apesar de não ser incompatível, tem objetivos diferentes aos do Grupo Internacional de Contato.

Dos membros do grupo, três (Bolívia, Itália e Uruguai) não reconheceram o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela.

Para o Brasil, que não participa do Grupo Internacional de Contato sobre a Venezuela, a iniciativa “não é útil” e só servirá para prolongar por mais tempo no poder o presidente Nicolás Maduro.

 

*Com informações da Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)

Fonte: Agência Brasil 

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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