O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), anunciou no início da manhã desta sexta-feira, 18, que a capital “irá antecipar em um mês e 21 dias” o cronograma de vacinação na cidade. Assim, todos os cariocas com mais de 18 anos serão imunizados com a primeira dose contra a covid-19 até 31 de agosto. Com a antecipação do calendário, Paes quer que a cidade também se transforme na primeira cidade do País a vacinar adolescentes, o que deverá acontecer em setembro.
No primeiro calendário de vacinação anunciado pelo Rio, a expectativa era de que todos os adultos fossem vacinados até 21 de outubro, mas o cronograma foi revisto a partir do envio de novas remessas de imunizantes.
“O calendário parte de dados informados pelo ministério da Saúde, que é quem compra as vacinas e distribui”, explicou o prefeito. “Essa regularidade tem acontecido até de forma mais rápida do que esperávamos.”
Segundo Paes, o primeiro cronograma de vacinação era bastante conservador. “A gente sempre trabalha com uma margem de conforto grande, como naquele calendário que previa vacinação até 21 de outubro. A gente está provando que a margem de conforto era grande, reduziu em um mês e 21 dias, quase dois meses de antecipação. É óbvio que agora a gente está com a margem menor, na medida que a gente afunila isso. Mas estamos muito confiantes”, ponderou.
De acordo com o prefeito, uma grande remessa de vacinas é esperada para os meses de julho e agosto, o que está possibilitando a antecipação da campanha de vacinação. E foi a partir dessa previsão que ele fez outro anúncio. “A gente quer ser a primeira cidade brasileira a começar já no mês de setembro a vacinação dos nossos adolescentes”, disse, citando jovens de 12 a 17 anos.
MINISTRO. O anúncio de antecipação do calendário de vacinação foi feito ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a quem Paes agradeceu pelo “envio regular” dos imunizantes.
O ministro aproveitou o anúncio para defender o presidente Jair Bolsonaro. Na avaliação de Queiroga, os questionamentos de Bolsonaro acerca das vacinas são pertinentes. “O presidente Bolsonaro fala que não se tem todas as evidências científicas da vacina, e aí se interpreta que ele está questionando a vacina. Nós temos que questionar, sim. Não se tem todas as evidências científicas ainda”, declarou o ministro.
“Por exemplo, nós não sabemos se podemos dar a primeira dose com a vacina de uma marca, e a segunda com outra. É possível que isso seja uma estratégia adotada, e como é que nós vamos fazer isso? Fazendo pesquisas”, disse Queiroga.
Fonte Estadão
Deixe seu Comentário