Política

Relatório aponta que família Bolsonaro lidera ranking de ataque à imprensa em 2020

FOTO: Marcos Corrêa/PR

Balanço feito pela organização não governamental Repórteres Sem Fronteira mostra que, em 2020, o presidente Jair Bolsonaro e pessoas do seu entorno promoveram 580 ofensas a profissionais e empresas de comunicação.

Bolsonaro e seus filhos Eduardo e Carlos estão no topo do ranking de “predadores da liberdade de imprensa”, feito pelos Repórteres Sem Fronteira.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) é o líder com 208 ataques a jornalistas. O presidente Jair Bolsonaro vem em seguida, com 103 ataques, e Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), vereador no Rio de Janeiro, é o terceiro com 89 ataques.

Bolsonaro e seus filhos respondem por 85% das ofensas promovidas por autoridades à imprensa em 2020 compiladas pela organização não governamental.

No dia 20 de janeiro deste ano, Eduardo Bolsonaro foi condenado a indenizar a jornalista Patrícia Campos Mello, repórter da Folha, em R$ 30 mil por danos morais. A Justiça ainda determinou o pagamento de custas processuais e honorários advocatícios no valor de 15% da condenação. Cabe recurso.

A repórter acionou a Justiça após ataque, com ofensa de cunho sexual, feito numa live e em publicação em rede social. Em transmissão ao vivo, Eduardo afirmou que a jornalista “tentava seduzir” para obter informações que fossem prejudiciais ao seu pai. A live foi ao ar pelo canal do YouTube Terça Livre TV em 27 de maio do ano passado.

O balanço do Repórter Sem Fronteiras aponta que as redes sociais foram o meio preferido de Bolsonaro, seus filhos e ministros para declarações desse tipo. Pelo Twitter, foram publicadas 489 mensagens com hostilidade a profissionais da imprensa.

Metade dos ministros de Bolsonaro contribuiu com os ataques a jornalistas aferidos no levantamento. Dos 22 ministros, 11 deles promoveram alguma ofensa a jornalistas. Damares Alves, titular da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, foi quem mais atacou, protagonizando 19 episódios de hostilidade.

O relatório traz uma análise em que aponta que o Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, se tornou “palco de humilhações públicas de jornalistas”.

“Em 2020, o Palácio da Alvorada em Brasília, onde o presidente mora e de onde costuma dar coletivas informais pela manhã, se tornou símbolo da sua hostilidade aos jornalistas. Foi lá que, no dia 3 de março, Jair Bolsonaro saiu de seu veículo oficial acompanhado por um humorista disfarçado de presidente, a quem pediu para distribuir bananas aos jornalistas presentes. Essa cena surreal foi transmitida ao vivo nas redes sociais da presidência”, diz o documento.

Fonte: O Popular

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

Deixe seu Comentário

Clique aqui para comentar

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.