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Quem tem medo dos políticos?

Sobre a pergunta contida no título desse artigo, eu só posso responder com segurança em meu próprio nome. Sim, eu tenho medo dos políticos! Não se trata de um receio que me impede de exercer dignamente a profissão de jornalista, menos ainda me reprimem desabafos, azedumes e grosserias que jamais dispensei a qualquer outra categoria. Meu temor, minha ansiedade e consciência de perigo em relação ao segmento vêm da certeza de que a maioria deles, sempre é possível salvar alguns, não possui remorso. Considerando a definição de que o psicopata é um indivíduo clinicamente perverso, a maioria dos que atuam na área pode se enquadrar nessa categoria.

A prática demonstra que eles são maldosos, capciosos, ardilosos e atuam com requintes de crueldade no convívio entre seus próprios pares. Para destruir um adversário, não se furtam em desenvolver uma rede de intrigas, prejudicar os familiares e, se necessário, contratar jagunços para assassinar concorrentes. Nos bons tempos de Tancredo Neves, eram solidários no câncer. Hoje, nem isso. São capazes de mentir com raro talento, convencer multidões, apenas com o mísero propósito de alcançar objetivos egoístas e ainda dormir sem nenhum sentimento de culpa. Presta-se a destruir toda uma nação, como acontece com a Venezuela, em nome de um objetivo que não faz sentido algum.

Mesmo frente a documentos incontestáveis, conseguem viver num mundo próprio, ignorando fatos e realidades que fariam desmoronar qualquer cidadão decente. Parecem agir como um corpo que não possui alma. Remorso não é uma palavra que consta no vocabulário de uma maioria esmagadora. Não consigo entender como suportam viver ignorando todo o mal que fazem ao País. O senso de egoísmo, que existe em todos os indivíduos, no segmento político atinge níveis de insanidade.

Como justificam, fico a pensar, receber benesses e salários nababescos, percebendo claramente que o povão se mata para lhes garantir um cotidiano fausto? Que tipo de personalidade lhes molda o caráter, se é que podemos chamar isso de caráter, ao ponto de criar leis que absolvem seus crimes mais absurdos?

Da noite para o dia, são capazes de juntar os cacos de uma briga e se unir para assaltar direitos de velhos e crianças indefesas. Sem o menor pudor. Tenho medo, muito mesmo, dessa gente com tamanho poder. O que mais apavora é a síndrome do ovo da serpente. De onde saem os políticos brasileiros? São ETs que invadiram ao sul do equador? Seres robóticos? Surgiram de uma seita ultrassecreta e são filhos de proveta num laboratório insano? Que nada. Eles são filhos de nossos lares. Cresceram no âmbito de castas sociais que se perpetuam. São irmãos brasileiros. Imagine. Um horror.

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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