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Produção industrial volta a crescer e recupera nível pré-pandemia

Após amargar três meses consecutivos de queda, a produção da indústria brasileira aumentou 1,4% em maio, na comparação com o abril, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (2), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com a variação positiva, o nível de produção atingiu o mesmo patamar de fevereiro de 2020, último mês sem os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia nacional. Ainda assim, o setor figura 16,7% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011.

Com o resultado, o setor ainda passou a acumular ganho de 13,1% nos cinco primeiros meses do ano, mesmo após as quedas de, respectivamente, 1%, 2,4% e 1,3% nos meses de fevereiro, março e abril. Os resultados interromperam a sequência de nove meses de crescimento consecutivos do indicador.

O gerente responsável pela pesquisa, André Macedo, alerta que o resultado positivo de maio não significa uma reversão do saldo negativo da indústria nos meses anteriores. Para ele, o segmento “está longe de recuperar essa perda recente” que sofreu.

“Muito desse comportamento de predominância negativa nos últimos meses tem uma relação direta com o recrudescimento da pandemia, no início de 2021, que trouxe um desarranjo para as cadeias produtivas”, explica Macedo.

Já em relação a maio de 2020, o crescimento da produção industrial foi de 24%. Trata-se da nona taxa positiva consecutiva na base de comparação e a segunda mais elevada da série histórica, abaixo apenas da registrada no último mês de abril, de 34,7%.

““Embora o resultado de maio na comparação com abril tenha sido positivo, quando olhamos o início de 2021 face ao recrudescimento da pandemia e todos os seus efeitos, o saldo ainda é negativo, haja vista que, quando pegamos outros indicadores, como o índice de média móvel trimestral, a leitura ainda é descendente”, reforça o pesquisador.

Setores

A produção industrial de maio foi puxada pelo resultado positivo de 15 das 26 atividades analisada pela pesquisa, com destaque para os ramos de produtos alimentícios (+2,9%), coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (+3%) e indústrias extrativas (+2%).

“Esse número maior de atividades com crescimento está relacionado ao fato de termos, nos meses anteriores, um perfil bastante disseminado de atividades em queda. Isso faz com que haja uma volta natural ao campo de crescimento em função das quedas mais acentuadas nesses meses”, diz Macedo.

Outros resultados positivos vieram das atividades de metalurgia (3,2%), de outros produtos químicos (2,9%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8%), de bebidas (2,9%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (6,2%).

Por outro lado, as atividades que mais impactaram negativamente o índice foram produtos de borracha e de material plástico (-3,8%), máquinas e equipamentos (-1,8%) e produtos têxteis (-6,1%).

Fonte R7

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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