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Por que sou um jornalista da direita e do Direito

Para impedir a crítica democrática, as patrulhas ideológicas sempre jogam uma espécie de maldição a todos os profissionais que ousam denunciar suas hipocrisias requentadas. Eu nunca dei bola. Muito cedo, descobri que a propalada superioridade moral dos “esquerdoidos” era uma monumental farsa.

Recentemente, Luiz Carlos Orro comprovou que os comunistas continuam com a mesma tática mentirosa. Como escrevi um artigo condenando a tentativa de transformar o Brasil num País com regime comunista e apontei fatos incontestáveis de gente disposta a entregar as riquezas nacionais para fortalecer ditadores de esquerda, ele usou a surrada retórica: me uniu à CIA, Dops e DOI Codis. Nada de novo.

Pior ficou quando tentou inovar. Copiando uma frase de minha lavra. Como fiz troça dizendo que ele se apresenta com o “pomposo título de presidente do PcdoB”, Luiz arrota mentira escancarada: afirmando que eu me apresento com o “pomposo título de empresário”. Ao contrário de Orro, tenho senso de ridículo; não vejo nada de interessante em ser empresário. Embora tenha uma empresa de publicidade que emprega 30 pessoas, sei que tocar um negócio no País — e pagar essa carga tributária que se tornou confisco — é fazer papel de tolo.

Aceito a crítica de que meu texto é zumbi e démodé. Vá lá. É questão de gosto. Quanto ao artigo ser preconceituoso, sou réu confesso: tenho urticária com gente que consegue cargos entrando pela porta dos fundos, sem concurso público, via conchavos políticos.

Que se acostumou a viver à custa do contribuinte, que nunca tomou conta de um carrinho de pipocas e jamais conseguiria um salário decente na iniciativa privada. Indivíduos que pretendem um Estado gigante para que grupelhos possam mamar com mais gosto.

Quanto à conclusão de que o meu artigo é racista, faço um desafio: Prove! Mostre uma única linha que confirma sua tese. Considerando que me limitei a condenar a sanha sorrateira dos comunistas e a hipocrisia que apoia ditadores como Fidel Castro e filhotes como Hugo Chávez e Evo Morales, não vejo racismo. Comunismo é uma ideologia política. Não é raça nem sub-raça.

Luiz Carlos Orro afirma que meu texto é homofóbico. Homofóbico? Ho-mo-fó-bi-co? Como eu apenas nominei e critiquei ele, devo concluir que Luiz Carlos Orro é homossexual? Peço desculpas. Juro que não sabia.

Tenho respeito por essa e outras minorias. Até recebi um diploma, junto com Marina Sant’Anna, do presidente do Grupo de Gays, Lésbicas e Transexuais, jornalista Liorcino que atua no Diário da Manhã, pelo respeito e apoio oferecido à classe. Se quiser, posso enviar uma cópia.

Muito embora eu não ande com uma melancia, ou chapéu no cocoruto, aceito a tarja de folclórico. Honro as tradições, valorizo o caráter e nunca pretendi agradar todo mundo. Agora vale dizer por que Luiz Carlos Orro, e particularmente quadrilhas que admiram e suportam narco-guerrilheiros das Farc, me enxergam como sendo de extrema-direita. Em uma nação em que existem apenas dois partidos políticos: dos que estão dentro (vendendo a alma ao diabo para não sair) e dos que estão fora do poder (realizando pacto com belzebu para entrar), é de espantar o que significa ser um profissional que recebe a tarja de “direitão reacionário”. Levo o tal carimbo quando me recuso a engolir um País em que a esperteza é tão valorizada quanto ouro. Causa-me asco que sujeitinhos miúdos sejam admirados pela falta de cultura e que possam enganar as massas impunemente, dizendo uma coisa em público e realizando outra nos calabouços palacianos. Sou odiado quando censuro os donos do poder, cujos filhos ficam ricos da noite para o dia, via acordos nos bastidores, normalmente assaltando os cofres públicos.

A esquerda me açoita quando não admito traições que vendem a riqueza nacional em troca de apoio a regimes que rezam em suas ultrapassadas cartilhas.

Não me conformo em constatar que a manha, astúcia e artimanhas dos “companheiros” são uma virtude mais apreciada do que trabalhar duro e manter valores morais que não são negociáveis na dança das ideologias políticas.

Não posso compactuar com o Estado, tornando-se casa da mãe Joana e acolhendo gente como Marco Aurélio Garcia. Indivíduos que acham normal apoiar grupos terroristas como as Farc e realizar um top-top aos mortos de uma tragédia patrocinada pela incompetência do governo.

Sou um direitão abominável quando chamo as milícias do MST do que realmente são: de quadrilha. Nem que me coloquem no paredão, vou conformar com grupelhos que assassinam, roubam, torturam, invadem propriedades e pairam acima do bem e do mal.

Causa-me náusea ver um Pedro Stédile patrocinar eventos com o intuito de prejudicar o Brasil, fazendo escárnio do presidente Lula, excluindo-o de encontros espúrios realizados em nosso próprio solo. Tenho repulsa por esses pequenos ditadores que avalizam déspotas internacionais.

Luto contra os que governam para o próprio umbigo. Sempre os mesmos nos acordos deles para eles mesmos. Ao cobrar trabalho dos políticos, esses que ganham salários nababescos para atuar, quando muito, duas vezes por semana, sou odiado a granel.

Não me conformo com uma carga tributária absurda e injusta, num sistema em que se fiscaliza apenas quem atua dentro da lei. Não acho graça em defender a ilegalidade comercial em detrimento dos que acreditam no ordenamento social.

Sempre estou disposto a aplaudir os agentes da lei, acreditando que a desonestidade em pequena escala cresce e evolui para o caos coletivo. Entre a palavra do bandido e do policial, fico com o último. Sou atrasado e retrógrado quando afirmo que direitos humanos não deviam ser canalizados apenas aos bandidos. A esquerda festiva tem ímpetos de me jogar na fogueira quando reprovo congressistas que defendem a liberdade de terroristas canadenses, sequestradores de um empresário brasileiro.

Para essa babel de hipócritas, sou um demente quando dou valor aos ensinamentos de Cristo, acredito em Deus e excomungo parte da igreja que apoia invasões de terras… dos outros. Seus próprios latifúndios ficam protegidos no manto do fingimento. Logo se apressam em dizer que sou a favor dos ricos, quando abomino a esmola que mantém milhões de pessoas na indolência, via embuste do Bolsa Família. Esse foi o truque mais rasteiro da esquerda, garantindo a perpetuação dos currais eleitorais. Isso em detrimento de oferecer educação básica de alto nível, criando condições de progresso efetivo.

Não acredito que os fins justificam os meios. Quando coloco a boca no trombone dizendo: Fidel Castro é um tirano, Che Guevara foi um criminoso frio, Hugo Chávez é um palhaço, Evo Morales uma farsa, George W. Bush uma excrescência e as ditaduras militares do cone sul de uma equina burrice, dizem que não tenho coerência. Por tudo isso e talvez por trabalhar duro desde 13 anos e nunca conseguir tempo para perder em passeatas, encontros da UNE, inócuos fóruns discutindo besteirol, é que sou direita. Mas que prazer… que prazer… a imensa maioria dos meus críticos vivem às minhas custas: ou seja, mamando nas tetas dos contribuintes.

Não me acovardo frente aos ataques. A vontade de minorias ruidosas não deve prevalecer sobre a maioria, que silencia, porque tem medo.

Sou um direitão atrasado, estúpido e idiota, quando não aceito modismos pitorescos como usar cueca para esconder dólares ou aceitar que despesas não contabilizadas são menos indecentes do que o antigo caixa dois.

Muito importante deixar claro que abomino qualquer tortura. Não só dos regimes autoritários de direita como a que é realizada há décadas nas masmorras de Cuba, castigando quem ousou criticar Fidel Castro.

Eu, assim como milhões de brasileiros, não tenho nada a ver com quem foi torturado. Procure vingança como bem entender. Acho justo. Confesso que me vingaria. Mas parem de encher o saco, alardear o fato como se fosse um troféu e cobrar ressarcimento via assalto aos cofres públicos. Realizei investigações interessantes e recebi documentos reveladores. Certas informações alardeadas como verdade são facilmente desmascaradas por registros históricos comprometedores. Ao bulir com feridas não cicatrizadas, em ambos os extremos, vamos encontrar mais bandidos do que heróis.

O PCdoB só é aberto e democrático, porque ainda não está no poder. Sem exceção, todas as vezes em que assume o comando de uma nação, a liberdade – sobretudo a liberdade de imprensa – é radicalmente eliminada.

Quanto ao Partido Comunista do Brasil não ter o que se envergonhar, faz senso. Se tivesse vergonha, não seria a favor de um regime que protagonizou a maior carnificina dos tempos modernos, assassinando milhões de pessoas.

Rosenwal Ferreira é jornalista e publicitário

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

1 Comentário

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  • Rosenwal,
    sou um assíduo ouvinte de seus comentarios no Jornal do Meio Dia(que assisto exclusivamente por vc),na Serradourada e costumaz telespectador de seu Opinião em Debate na TBC.
    Aliás fomos vizinhos durante o tempo em que voce morou na 89-C,eu ainda moro na 89,e sempre cruzava com vc voltando de suas caminhadas.
    Concordo com o que vc coloca.Mas só discordo, quando diz que tudo que está errado é culpa da esquerda.Lembra do FHC?Acompanha o governo Serra em SP?Yeda no RS?Sei que vc tem pouco tempo,mas para ser um jornalista,tem que estar bem informado,para melhor informar.E o Marconi aqui em GO?E que grata surpresa o nosso Cidinho,a quem vi ontem(25)perder as estribeiras com as críticas covardes e canalhas do Sr. Lereia(pelo apelido…).Gosto do governo Lula,e também como vc pago impostos,que não foram criados pela esquerda,e vc sabe disso.O Brasil está melhor,e vc também sabe disso.Não sou petista.Não de direita ou de esquerda e nem de centro.Sou um cidadão.Não gosto do Orro,e penso que vc também não.PCB,era Roberto Freire…olha ele agora!Por isso para votar,analiso o candidato,e só por ser político,já é “coisa”.Mas o queria te dizer é – vc infelizmente deixou a entender,que pobre não pode subir na vida e a elite tem que manter o chicote na mão.
    Mas continuo a respeitar seus comentarios,apesar de achar que pega pesado demais com nosso presidente e deixa os ditos de direita a vontade para cometerem suas mazelas.Chamo de direita FHC,Serra,Marconi,Demostenes,Gilmar Mendes(que horror)Daniel Dantas(aquele megabandido),Ronaldo Caiado(sou eleitor deste,pois sou também ruralista),etc.Analise bem estes nomes e compare com os esquerdistas e suas mazelas.Será que são diferentes?E acho o Lula um grande democrata, pois como diz o espanhol El País,”Lula é um genio politico,pois como consegue ter 84% de popularidade,tendo uma imprensa que só sabe bater nele”!Jornalistas não gostam do Lula,porque as verbas usadas para distribuir aos empresarios da midia,ele usa para seus pobres e desvalidos,que por isso,recebeu o premio da PAZ da UNESCO,e sempre quem ganha este premio ganha o Nobel da Paz também.Isso será um premio ao grande presidente que a midia brasileira,insiste em atacar.E digo,mais uma vez…não sou petista.
    Abraço cordial.