Mundo

População chinesa chega a 1,411 bilhão de habitantes, diz Censo

A população da China chegou a 1,411 bilhão de habitantes em 2020, anunciou nesta terça-feira (11) o país mais populoso do mundo, ao apresentar os resultados do seu censo, realizado a cada 10 anos.

Em comparação à pesquisa de 2010, a população chinesa cresceu 5,38% (72 milhões de habitantes), segundo o Departamento Nacional de Estatísticas.

A população chinesa teve o menor crescimento em décadas nos últimos 10 anos, e em breve o país deve ser superado pela Índia em número de habitantes.

A China prevê que a curva de crescimento populacional irá atingir o pico em 2027, quando a Índia deverá ultrapassá-la e se tornar o país mais populoso do mundo.

A população chinesa começará então a diminuir, até chegar a 1,32 bilhão de habitantes em 2050, segundo as projeções.

Já a Índia tem 1,38 bilhão de habitantes e sua população cresce a uma média de 1% por ano, segundo estudo divulgado no ano passado pelo governo do país.

Indianos fazem compras em mercado lotado em Mumbai, capital financeira da Índia, em meio à pandemia, em 21 de abril deste ano — Foto: Niharika Kulkarni/Reuters

Indianos fazem compras em mercado lotado em Mumbai, capital financeira da Índia, em meio à pandemia, em 21 de abril deste ano — Foto: Niharika Kulkarni/Reuters

Taxa de natalidade em queda

A taxa de natalidade vem caindo no país desde 2017, mesmo com a flexibilização em 2016 da política do filho único, que autorizou o nascimento do segundo filho (e já há pedidos para o fim desse limite).

Demógrafos advertem que a China pode registrar o mesmo fenômeno de Japão e Coreia do Sul, que sofrem com excesso de idosos em comparação ao número de jovens e trabalhadores.

A taxa caiu para 10,48 a cada mil habitantes em 2019, o nível mais baixo desde a fundação da China comunista, em 1949. Foram 14,65 milhões de nascimentos.

A queda da taxa de natalidade tem várias razões: diminuição do número de casamentos, custo de vida e gravidez mais tardia das mulheres, que priorizam a carreira profissional, entre outras.

Em 2020, ano marcado pelo início da pandemia do novo coronavírus, o número de nascimentos caiu ainda mais, para 12 milhões.

O porta-voz do Departamento Nacional de Estatísticas, Ning Jizhe, reconheceu que a pandemia “aumentou a incerteza da vida cotidiana e a preocupação com o nascimento de um filho”.

Médicos cuidam de pacientes com Covid-19 em UTI de hospital de Wuhan, na China, em dezembro de 2020 — Foto: China Daily via Reuters

Médicos cuidam de pacientes com Covid-19 em UTI de hospital de Wuhan, na China, em dezembro de 2020 — Foto: China Daily via Reuters

Envelhecimento chinês

Segundo dados do Censo chinês, o país passou de 264 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o equivalente a 18,7% da população e um aumento de 5,44% na comparação com 2010.

Já população em idade ativa (entre 15 e 59 anos) caiu para 63,35% da população, uma redução de 6,79% em uma década.

“O maior envelhecimento da população exerce uma pressão contínua sobre o equilíbrio demográfico a longo prazo”, admitiu o Departamento Nacional de Estatísticas, responsável pelo Censo.

Com o envelhecimento da população, em março deste ano o Parlamento aprovou um plano para aumentar progressivamente a idade de aposentadoria nos próximos cinco anos.

O censo chinês foi concluído em dezembro passado, com a ajuda de 7 milhões de voluntários, e o resultado foi divulgado com semanas de atraso.

Seus números são considerados mais confiáveis do que as pesquisas demográficas anuais, baseadas em estimativas.

Censo no Brasil

No Brasil, o Censo também seria realizado em 2020, mas foi adiado devido à pandemia. A pesquisa deveria ocorrer neste ano, mas o governo federal cortou a verba necessária para realizá-la.

Após a decisão, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, determinou em 28 de abril que o governo federal tome as providências para fazer o Censo neste ano.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realiza a pesquisa, afirmou que a não realização do Censo neste ano vai afetar as ações governamentais no pós-pandemia.

Fonte: G1

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

Deixe seu Comentário

Clique aqui para comentar

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.