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Pequenas buscam exportação

O Estado de Goiás tem ampliado nos últimos anos seu mercado de exportação. No mês de agosto deste ano, por exemplo, foi registrado o 44º superávit consecutivo do Estado. Mas o resultado positivo para a evolução no mercado internacional não tem sido algo apenas das grandes indústrias. Em crescimento, as pequenas empresas têm garantido seu espaço.

Este é o caso do empresário e diretor comercial de uma empresa de roupas para praia e moda fitness, em Goiânia, Antônio Fogaça Junior. A empresa realiza exportações há 22 anos. Começou logo após seis anos de sua fundação, em 1989. “Começamos há exportar seis anos após a abertura de nossa empresa. Hoje a exportação representa em torno de 7% da nossa produção”, calcula.

O mercado, em constante crescimento, garante que a empresa exporte para 25 países. “Nossas mercadorias são destinadas para os Estados Unidos, Caribe, países da America do sul, alguns da Europa. Além de Israel, Portugal, Espanha, Japão e Canadá”, listou os principais.

Antônio explica que no mercado exterior foi preciso destinar o produto de forma correta, na intenção de garantir a melhor qualidade da exportação, e sem prejuízos. Nesse sentido, a sua formação em comércio exterior colaborou para uma melhor visão de mercado. “Temos um olhar diferenciado para o mundo. Mas não é fácil. Não é qualquer pessoa que entra nesse mercado. Devemos ter um padrão, uma qualidade elevada, para podermos ser aceito nesses países”, alertou.

Crescimento 

O gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Plínio Viana, assegurou ao O Hoje, que as pequenas indústrias que realizam exportações têm permitido uma evolução positiva para o comércio goiano e brasileiro. “A exportação goiana representa evolução do mercado. Há 15 anos, nossa exportação não representava nem 1% das exportações do Brasil. Atualmente, comportando inclusive grãos e minérios, nossa exportação representa 4% do comércio exterior brasileiro. É um crescimento muito grande ao longo das ultimas duas décadas. Então ganhamos mercado, e quadriplicamos nos 15 anos essa fatia de mercado, em relação comércio exterior brasileiro”, argumentou.

Referente aos últimos cinco anos, Plínio assegurou que Goiás cresceu no que diz respeito sobre as exportações. “Isso inclui também a internacionalização – junto ao trabalho da Federação em dar porte mundial para a empresa, conseguir ter padrão mundial de preços”. Plínio alertou, quando o mercado interno da empresa não está bem, ela pode não exportar. “Dessa maneira entra a nossa missão como Federação, em auxiliar as empresas”.

Confecção

No mercado de confecção, Plínio reconheceu a importância no setor de exportações. Mas ainda considerou que deve haver mais evolução. “Sabemos que as empresas exportam. Mas na sua maioria, não é uma exportação palpável, volumosa. Temos muitos sacoleiros internacionais”.  Ao exemplificar, o gerente ilustrou, “minha prima mora na Europa. Tem gente que leva a mala de lingerie, vende e busca mais aqui no Brasil”.

Dessa maneira, a pulverização permite que a roupa saia do nosso país, mas não garante a moda goiana bem estruturada, no mercado internacional. “Necessitamos do posicionamento do setor”. Já entre o setor de cosméticos, há em Goiás 15 empresas que combatem no mercado exterior com patamar de igualdade. “Nos últimos anos, nosso Estado se desenvolveu muito. Principalmente na Colômbia, onde realizamos uma feira com stand brasileiro. Nos Emirados Árabes, temos uma aceitação muito grande com alguns tipos de cosméticos, também”.

Alimentos

Com os alimentos, Goiás possui um potencial muito elevado, no comércio interno. Mas não temos um número grande de empresas exportando. “A nossa visão é que temos um mercado muito forte. A exigência exterior é muito grande, mas a exigência interna é mediana. Então, a empresa não faz um investimento em padrão mundial de qualidade e custo, preferindo atender o mercado interno. Mas temos um espaço para o crescimento”, reconheceu.

A indústria goiana é diferente de outros estados onde o foco nos alimentos, como no nordeste é apenas no açúcar, e poucos produtos. “Temos um mercado muito diversificado e isso reflete na nossa exportação. Exportamos centenas de produtos diferenciados, desde cosméticos, até itens hospitalares que está se destacando no mercado. Temos umas três empresas diferentes”. Além disso, Goiás também tem exportado, com as pequenas indústrias alguns produtos de tecnologia. “Alguns até desconhecidos. Temos uma pauta bem diversificada”.  Fonte: O Hoje

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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