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Pazuello deveria ter deixado a ativa do Exército, afirma Mourão

Ao falar sobre a CPI da Pandemia, marcada para começar a funcionar nesta terça-feira (27) e que deve intimar membros do Executivo, entre eles o ex-ministro Eduardo Pazuello, que chefiou o Ministério da Saúde, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que não se deve “tomar uma instituição por um de seus integrantes”.

O vice-presidente afirmou que Pazuello é um “camarada de valor”, mas defendeu que o ministro deveria ter deixado a ativa do Exército brasileiro, à qual ainda é vinculado. As afirmações de Mourão foram dadas nesta segunda-feira (26) durante transmissão promovida pelo jornal Valor Econômico.

No evento, o general da reserva da corporação comentou sobre a situação dos imunizantes contra a covid-19 no Brasil, dizendo que o país irá “fazer a geopolítica” das vacinas e ajudar os vizinhos da América do Sul quando for capaz de produzir doses contra a doenças.

Para ele existe uma “diplomacia da pandemia” que vem sendo executada na qual China e a Rússia “estavam muito agressivas”. “Nós também vamos fazer uma geopolítica das vacinas a partir do momento em que entrarmos em uma produção regular destas”, completou.

Durante transmissão, o vice-presidente falou que “as ajudas (internacionais) se destinam a países que têm dificuldade para fazer avançar o combate à pandemia”. “No Brasil pode-se questionar medidas e estratégias, mas nós temos a capacidade de produzir as vacinas que nossos vizinhos não têm”, disse.

No sábado (24), o secretário de Estado americano Antony Blinken anunciou que os Estados Unidos devem enviar ajuda humanitária para a Índia, diante dos sucessivos recordes de casos registrados nos últimos dias.

“Acho que, na avaliação do governo americano, apesar dos problemas que o Brasil enfrenta, (estes) são menores que os da Índia no momento. Apesar do nosso número de óbitos, a quantidade de casos – face à superpopulação da Índia – tende a ser um perigo muito grande”, disse Mourão.

Eleições

O vice-presidente Hamilton Mourão revelou que não deve disputar em 2022 a reeleição na chapa com o presidente Jair Bolsonaro. No lugar, disse cogitar um período com a família ou ainda a disputa por uma cadeira do Senado pelo Rio Grande do Sul.

“Até o presente momento, o que tenho visto em diversas declarações do presidente Bolsonaro é que ele precisaria de outra pessoa no meu lugar. Apesar de ele nunca ter dito isso pessoalmente para mim, a interpretação que tenho feito dos sinais que são colocados é de que ele vai escolher outra pessoa para acompanhá-lo na sua caminhada para a reeleição”, afirmou.

Segundo Mourão, sua linha de ação mais provável é, “após 50 anos de serviço ao País”, um período dedicado à produção acadêmica e à família. “Agora, se abrir uma possibilidade de disputar uma cadeira ao Senado, com as características que estariam muito mais ao encontro da maneira como sou e como atuo e com a possibilidade de continuar a auxiliar o país na busca do seu futuro, posso também partir para essa ideia”, destacou o vice-presidente.

Fonte: R7

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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