A pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) trouxe sérios impactos à economia brasileira e mundial. Apesar da tímida retomada econômica registrada especialmente nos meses de junho e julho, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apresentou uma retração de 9,7% quando comparado aos três primeiros meses do ano passado.
A retração, por sinal, é a maior da autal série histórica do IBGE, iniciada no ano de 1996. Conforme mostrado pelo jornal paulista Estadão, a Fundação Getulio Vargas (FGV), por sua vez, diz que não há um registro de um trimestre com desempenho pior desde o ano de 1980.
Ao Estadão, o professor do Departamento de Economia da PUC-Rio, Eduardo Zilbermann considerou que o quadro catastrófico só não foi pior devido as medidas adotadas pelo governo na intenção de mitigar a crise. Dentre elas, destaca-se o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600,00 ao mês aos mais pobres e trabalhadores informais.
Segundo o jornal paulista, desde junho, estudos têm apontado que os pagamentos de emergência chegaram a elevar a renda dos mais pobres, reduzindo, temporariamente, a pobreza. Ainda assim, conforme a reportagem, esse impulso não impediu o tombo de 12,5% no consumo das famílias ante o primeiro trimestre.
Em valores correntes, o PIB do no segundo trimestre de 2020 totalizou R$ 1,653 trilhão, sendo R$ 1,478 trilhão em Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 175,4 bilhões em Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. A taxa de investimento no segundo trimestre de 2020 foi de 15,0% do PIB, ficando abaixo da observada no mesmo período de 2019 (15,3%).
No 1º semestre, o PIB caiu 5,9% em relação a igual período de 2019. Nesta comparação, houve desempenho positivo para a Agropecuária (1,6%) e quedas na Indústria (-6,5%) e nos Serviços (-5,9%).
fonte: Jornal Opção
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