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Os eleitores brasileiros são palhaços no circo de horrores

Depois que cabeças rolaram no horror, sangue e barbárie sob o feudo da família Sarney, alguns brasileiros tiveram acesso ao mar de lama que assola o estado do Maranhão. Um privilégio que as famílias sob o domínio do clã não tiveram. Afinal de contas, o poder exercido pelos senhores de senzala modernos inclui total controle dos veículos de comunicação. No estado que dominam, eles seguram com rédeas curtas as notícias de todos os rádios, jornais e televisões importantes. Os engraçadinhos que revelam dissabores via internet podem ter o pescoço colocado a prêmio.

O senhorio à la Sarney choca porque se revela nu e cru nas facetas ditatoriais. Mas é um retrato do Brasil na pseudodemocracia que ainda somos obrigados a engolir. O eleitor brasileiro é um palhaço no circo do arrepio. Em todas as unidades da Federação engole-se uma farsa que se perpetua.

Os atores no palco são os mesmos e a encenação, sem graça e na desgraça da corrupção, se agasta na mesmice. Alardeada numa fanfarra de mentiras, a renovação dos que controlam o país é um engodo. Não importa quem assume o poder, as figuras de sempre vão azedar nosso cotidiano e agir como marajás intocáveis.

Lula mentiu aos quatro ventos quando jurou acabar com as oligarquias nordestinas – Entrou em Brasília com apoio e poder para fazer isso – mas não só aliou-se a elas, como fortaleceu as facções mais atrasadas da nação. A troco de que? De um projeto de poder com escassos compromissos num planejamento de Governo.

Em todos os rincões impera o desejo de mamar nas tetas do contribuinte e ocupar as delícias palacianas. Em Goiás, por exemplo, há meses se discute nomes dos “artistas” que pretendem se instalar ou continuar no trono do poder. Raras são as ocasiões em que se debruçou em possíveis  soluções para os graves problemas que nos afetam.

O pleito já está próximo e ninguém sabe ao certo que estilo de administração pode escolher. Na época das escaramuças na TV, com os partidos de aluguel vendendo espaço como se fosse um mercado persa da prostituição de baixo nível, os marqueteiros arrotam soluções criadas na pastelaria de sempre.

Ganha quem projeta a adulação mais astuciosa, a fraude mais palatável, a ilusão capaz de comover milhões de palhaços. E lá vamos nós, mais uma vez, acreditando que alguma coisa vai mudar. Que nada, muito antes de qualquer resultado, as famílias Sarney de plantão já leiloaram benesses capazes de acomodar a realeza. Que o inferno engula todos eles, eis minha esperança.

Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário

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Twitter: @rosenwalF

facebook/jornalistarosenwal

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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