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O que eu tenho a ver com Donald Trump?

Símbolo máximo da preguice bilionária estilo USA, o topetudo Donald Trump representa, hoje, o que existe de pior na geopolítica internacional. Mesmo que ele esteja encastelado nos ares nauseabundos da Wall Street, percebe-se claramente o estrago que o showman pode fazer nas frágeis engrenagens mundiais. A começar que em seu reino muito particular, o homem imagina contribuir erguendo uma monumental estrutura na fronteira com o México, obra que lembra o famigerado muro de Berlim.

Seus delírios quase infantis se desdobram em xenofobia explícita acirrando ainda mais o fosso que separa os Estados Unidos do mundo islâmico. Brinca com fogo como se fosse um menino travesso alheio as consequências de acender um fósforo sentado num barril de pólvora. Misógino e irresponsável, dispara parvoíces como forma de fazer marketing barato. Funciona? Sim! Essa é a tenebrosa resposta.

Sendo eleito, o que é muito possível apesar das evidências que demonstram a marcha da insensatez, o mudo que já é um perigo poderá ser pior, muito pior. Eis uma boa razão para que eu, e você leitor, tenhamos preocupações com a ascensão de um louco com muito dinheiro e disposto a ser mandatário da mais influente nação do planeta.
O mais intrigante é que o fenômeno Trump não é uma prerrogativa das terras do Tio Sam. A linha de raciocínio dele mantém escola em muitos rincões. No quadrilátero norte americano ele faz cena para uma plateia modelo Broadway, prometendo segurança às famílias e proteção ao estilo “american way of life.”
Os nossos Donald´s tupiniquins, também atuam no consciente coletivo usando o clima de insegurança para vender um peixe que, de longe, parece apetitoso, mas fede. A escola do empombado ricaço teve origem num programa de TV. Uma bobagem televisiva, de baixo nível cultural, que lhe rendeu fama e exposição nacional. Esperto e matreiro por natureza, soube tirar proveito da oportunidade.
Ao sul do equador, nas terras de um gigante deitado eternamente em berço esplêndido, participantes do Big Brother, uma espécie de vouyer pornô aceito para consumo das famílias, rendeu de representantes políticos, que continuam dando show de mau gosto, a celebridades paparicadas por mostrar da zona da mata a riachos profundos. Tendo bala no revolver econômico, uma dessas antas pode almejar que definem os destinos do povão. É de arrepiar.
Todo esse contexto tem nome: apodrecimento da representação política e falta de cultura geral. Equações siamesas que se aprofundam numa autofagia de espantar. O que fazer? No momento nada. Somos meros expectadores do caos anunciado e da tragédia presumível. Resta-nos rezar. A médio e longo prazo, lutar para que a educação de base não seja apenas um retórica de palanque. Assim como lá, nosstates, aqui se padece de um ensino fundamental que permite educar seres humanos para o exercício da ética e do raciocínio lógico. Atualmente criamos, de forma premeditada, apenas vidiotas.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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