Os pesquisadores não estão analisando a mais letal de todas as mazelas humanas. Muitos estudos falam dos malefícios do estresse, da obesidade e do câncer. Enfermidades que mutilam milhões de vidas em todos os quadrantes. Mas poucos se dedicam a uma deformação que, na ponta, se transforma na mais ordinária chaga a destruir lares e provocar danos assustadores. Trata-se da preguiça.
De jovens a adultos que não se emendam, são incontáveis os casos de pessoas, de ambos os sexos, que sobrevivem à custa dos pais, ou avós, alimentando o ócio cotidiano sem realizar nada produtivo. Muitos se dedicam ao “esporte” de fumar baseado e assistir televisão o dia inteiro. Não estudam e, regra geral, trocam o dia pela noite em eterna indolência, patrocinada por entes queridos vítimas de suas chantagens emocionais.
Alguns, não satisfeitos com o peso que acarretam, se unem a pessoas com a mesma índole e, pior ainda, se ajeitam tendo filhos para que os netos sejam mais uma fonte de extorquir dinheiro e vantagens.
Pobre dos pais, e normalmente mães separadas, que não conseguem enxergar os malefícios dessa relação de eterna dependência. Na velhice, padecem de uma dupla tragédia. Não podem contar com o apoio dos vegetativos que nada construíram, e ainda por cima falecem em condições deploráveis, lamentando que os parasitas ficarão sem a sua proteção.
Note o leitor, ao seu redor mesmo, o quanto prolifera esse estilo de mau caráter patrocinado. Em médio prazo, essa geração vai destruir a nação. Pois ao perder sua fonte de recursos, que mantém o vício e o mandriice deixam de roubar via exploração emocional e passam a subtrair o que não lhes pertence de forma explícita. Tornam-se assaltantes frios e calculistas porque foram moldados a isso.
Como impedir que essas gangues proliferem? Basta ser pai, ou mãe, no estilo duro de roer. Isso mesmo, parentes condescendentes, que aceitam as regras do jogo imoral é que contribuem para o mundo pior. Ser um bom educador exige pulso. Algo que está faltando nesses tempos bicudos em que se ignora a arte de dizer não, dar o basta, quando se faz necessário. Se a sociedade não abrir os olhos, em campanhas capazes de alertar as famílias, a preguiça vai nos corroer pior do que um câncer sem controle. Algo que já está ocorrendo.
Rosenwal Ferreira, jornalista e publicitário
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Concordo plenamente, pois basta ver os índices de jovens que não estudam e nem trabalham. Essa geração que não faz nada resultará em um povo que não será nada de bom para a sociedade; é mais, com o consumo de drogas e álcool serão doentes também.
Penso que isso é resultado da falta de educação, da falta de espaço para que o jovem possa se realizar como ciddão verdadeiro e da falta de limites pelos pais. Essa cultura idiota que não favorece um espírito crítico colabora nesse processo. Estamos em pleno caos.