Com frases curtas, cirúrgicas na essência e na efetividade, o escritor Italiano, Luciano de Crescenzo se fez um escritor respeitado mundialmente. É dele a seguinte reflexão: “O poder não satisfaz, ou melhor, é como a droga e exige sempre doses maiores.”
A despeito de manter um curriculum invejável, ocupando cargos de Ministro a Governador, o atual prefeito de Goiânia, o veterano Iris Rezende Machado, oscila numa trêmula viagem em busca do poder que entrou para o ralo.
Mesmo acomodado no trono do paço municipal, o homem que em sua jornada pública sempre pôde muito, hoje não consegue praticamente nada. Tal qual o alcoólatra sem cachaça, mantém surtos de delirium tremes e se perde num labirinto à procura de um prazer que teima em não acontecer.
Irritado com um cobertor curto, num orçamento precário, ele se joga no abraço de afogados adotando invenções malucas, impopulares e estapafúrdias, vítima de assessores dispostos a vomitar soluções. Sempre, claro, no estilo vampiro a sugar até a última gota do já sofrido contribuinte.
A última invenção foi uma correspondência, invasiva, fantasiosa, com ares de KGB do cerrado, afirmando que a inteligência fiscal da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) identificou inconsistências no Cadastro Imobiliário da Prefeitura de Goiânia, nas residências de quase todos os moradores da capital. Assim, a granel!
Como se não bastasse a bizarrice, ameaçou os contribuintes a uma detenção de dois a cinco anos, caso não informassem os dados que eles pressupõem estarem incorretos! Deve estar à procura de entrar para livro dos recordes como o maior bullying coletivo da história.
É possível que o Ministério Público tome providencias. Em todo caso, fica a triste constatação de que Iris está no ápice insaciável da droga que é o poder! Um mal que tem cura? Oxalá tivesse.
Rosenwal Ferreira
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