Até os defensores mais ardorosos da presidente Dilma Rouseff, “jogaram a toalha”. Ela não governa e se arrasta nos corredores palacianos como um zumbi à procura de um alento. Atordoada, faz como o homem comum e procura informações na imprensa. Perdeu a credibilidade, seu jogo de cintura que já era limitado, não existe. Limita-se a reunir com segmentos de puxa-sacos previsíveis, em patéticas reuniões estilo comício.
Ela não apresenta um projeto de governo, sequer tem ministros para tocar o cotidiano da nação e não existe clima capaz de tirá-la de um intragável buraco. Deseja ficar no poder, legitimado pelas urnas, mas a ninguém diz o porquê. Só para terminar o mandato é pouco. O País derrete em todos os quadrantes. Exigimos solução!
Perdendo as rédeas, Dilma delegou amplos poderes a Luiz Inácio Lula da Silva responsável direto pela sua presença no trono. O ex-presidente, que se acostumou rápido as sinecuras do poder, estabeleceu-se num hotel cinco estrelas, em suíte presidencial como acha que lhe convém, e está despachando como se fosse o mandatário mor da nação.
Sem avaliar os desdobramentos de sua bizarra posição, Lula tenta agir como povão, mas encastelado no ícone máximo da burguesia nos horizontes da capital federal. Ali recebe dirigentes simples dos movimentos batizados como sociais, que se encantam com a sofisticação no lobby de entrada e ficam de queixo caído na soberba dos aposentos destinados a Lula. Resta saber como ficam sabendo que, ao sair dali, lhes espera um prosaico sanduíche de mortadela e sol inclemente.
No mesmo local realiza audiências com deputados federais acostumados com luxo e senadores que se deslocam apenas em jatinhos particulares. Com esses, os negócios são de alto quilate e envolvem até uma bandeja que oferece ministérios importantes e controle de verbas que somam bilhões.
E a massa de eleitores? Como é que fica? Não fica. Não está representada no espectro deste presidente às avessas. Sua estratégia pula de um extremo ao outro, porque o respaldo no centro do sistema é indiferente.
Lula procura ser um animal que não existe. Ou seja: o povo no luxo do hotel. Ele não aprendeu nada com seu colega José Mujica, que dirigia um fusca, morava numa casa modesta e, ao criticar o fausto dos marajás, não era um deles. Lula tornou-se um personagem fictício, vive de um passado que não existe mais. Ele é um burguês, engordado pelo sistema que sempre criticou, negociando a permanência no poder como se estivesse num mercado persa. Quem dá mais? Quem oferece mais? Lula topa qualquer negócio. Está bem alojado, bem nutrido e servido como majestade. Coxinhas e mortadelas que se matem por dias melhores. Problema deles! O de Lula é garantir o poder de tricotar no poder, e com o poder, nadando em prazeres e mimos especiais. Se o plano der certo, bem, se não, amém. A conta do hotel tem pagamento garantido. Alguém tem dúvida de quem paga? Eu não.
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