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O diabólico açougueiro de Lula

A grande imprensa de São Paulo, embora tenha faturado os tubos com a mega estratégia de marketing das empresas de Joesley Batista, foi a primeira a batizar o chefão da Free Boi como açougueiro de Lula. Eu acrescento o adjetivo diabólico, no sentido que o indica como sujeito insuportável, capaz de traçar planos infernais para salvar a própria pele.

Recentemente, dando sequencia a um misto de cinismo, hipocrisia e escárnio com as dificuldades da nação, ele deu uma entrevista afirmando que, no espirro da surpresa íntima, descobriu “que era um criminoso.” Ainda hoje, agraciado com um acordo sem parâmetros no mundo, se considera importante para confessar horrores praticados contra a economia dos brasileiros, na arrogância de quem se enxerga no espelho como um herói a ter reconhecimento póstumo.

Para Joesley, a sujeira, a lambança inominável que o tornou bilionário, é apenas um detalhe a ser esquecido, segue na mesma cartilha do padrinho de negócios, Luis Inácio Lula da Silva, cujas atuações teatrais jogam na latrina os fatos, o bom senso e a realidade. Ao moer a ética, fatiar a verdade e usar as brechas da justiça para manter um suculento bife, aposta na impunidade e na certeza de que, para ele e Cia ltda, o crime compensa. Ora se compensa.

Ao término da fritura, continuará bilionário, não passará um dia sequer atrás das grades e, de quebra, está destruindo o inimigo de um notável parceiro que o permitiu drenar os cofres do BNDES num verdadeiro assalto aos interesses do contribuinte. Acerta quando se define como um criminoso.

Mesmo que a alcunha de açougueiro tenha um sentido pejorativo, não faz jus à tão nobre e qualificada profissão. Os proprietários e funcionários que labutam neste ofício, merecem respeito. A estrondosa maioria jamais sonhou com as generosas benesses dos empréstimos facilitados, ninguém se deu ao luxo de tramar corrupção nos corredores palacianos e menos ainda curtiram facilidades para eliminar a concorrência usando dinheiro do povo. São homens que amargam dores na coluna, sofrimento nas articulações e horas de sufoco no atendimento diário e, no final do mês, sequer sobra para comprar um barco a remo.

Iates, jatinhos, apartamentos em New York e vinhos de safra nobre, são mimos disponíveis apenas aos que se dedicam, de forma sistemática, premeditada e envolvente a corromper centenas de políticos e figuras públicas. Sendo assim, reavaliando, Joesley é apenas diabólico. Tanto que, anotem, cedo ou tarde arrastará para o inferno todos os que fizeram um pacto com ele.

PS: Este artigo foi escrito no domingo de 03/de setembro. Portanto, sem nenhuma conotação mística de minha parte, foi profético, visto que Rodrigo Janot, na segunda feira, dia 04 de setembro, anunciou um possível cancelamento do acordo com a JBS.

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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