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O cinismo petista em dose extra

          Que a Presidente Dilma Rouseff tocou o País no arcabouço da impostura, até os neófitos em administração e economia foram obrigados a perceber. Mas como os petralhas no comando fixaram o alvo num projeto de poder, com escassa margem para um plano de governo, a farsa manteve seu curso num chocante cinismo. Qualquer analista com um mínimo de seriedade diagnosticou que Dilma não tinha como manter suas promessas de campanha. Mesmo assim, no maior descaramento, ela jurou o que não podia cumprir.

Ciente da própria herança, Dilma enxergou tardiamente o fracasso de suas ações ineptas, dos planos mirabolantes e do ordenamento caótico que imprimiu à nação. Realizou a festa da vitória, deu um beijo no adorado neto, passou a mão na cabeça da filha, foi descansar numa praia paradisíaca e ordenou ao carrasco Joaquim Levy o acionar das guilhotinas. Faça o que devia ter sido realizado, teve ter dito na voz arrogante de sempre.

Joaquim, que não tem compromisso com ninguém a não ser com os acertos na base do doa a quem doer, mostrou rapidamente que a ilusão acabou. A Dilma da campanha eleitoral era apenas uma isca no anzol dos votos. A dieta do momento é o pão que o diabo amassou.

O imposto, que já se firma como a maior carga tributária do planeta – de longe a mais injusta e mal aplicada – vergou mais ainda as costas do contribuinte. O preço da gasolina vai tornar o uso do turbinado proibitivo para muita gente, o acréscimo na energia, com direito a apagões e racionamento, pode ressuscitar o uso da lamparina e ninguém sabe como terminará o saco das maldades.

E o que dizem os defensores do lulopetismo? Nada, apenas disfarçam e se escondem enquanto o navio segue à deriva. É certo que ninguém pensa em abandonar os generosos cargos com salários que tiveram providenciais acréscimos. Que sofra apenas a arraia miúda, esse é o lema.

Nesse palco de horrores, a incerteza torna-se uma intragável dama de companhia, o desemprego ronda os lares, a inadimplência alimenta o redemoinho da mixórdia e todos vão pagar caro pela teimosia de uma mulher sem escrúpulos. Quem não gostar dos adjetivos que me convença, com argumentos capazes de fazer senso, que palavras são adequadas a realidade que se vivencia.

A cambulhada que pretende manter o poder, ainda acredita que o sopão indigesto será contornado e esquecido até 2018, quando Lula – certamente jurando que não viu nada e nada tem a ver com as peraltices da afilhada – se erguerá triunfante salvando a pátria amada de seu torpor adormecido. Pode até ser. O povão mostrou que pode ser ludibriado com grana farta e marketing adequado. O problema é que os cofres estão vazios, empreiteiros vão amargar prisões, a Petrobras flerta com a falência e o choque de realidade é capaz de acordar até os fanáticos por Lula. Vale repetir Marta Suplicy : “ou o PT muda ou acaba.”

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

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