O último boletim sobre o estado Saúde de Maguito Vilela (MDB) informou que o candidato a Prefeitura de Goiânia iniciou um tratamento diálitico
seguido de “instalação de ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea) para possibilitar ventilação”. Esse aparelho que o emedebista faz uso é considerado como um pulmão artificial e usado em pacientes cujo a situação seja considerada grave.
Capaz de funcionar como um pulmão artificial para pacientes que estão com os órgãos comprometidos a ECMO é um equipamento de alta complexidade que, infelizmente, vem crescendo em popularidade em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus.
Diferente dos respiradores, os equipamentos para ECMO são utilizados em pacientes nos quais o pulmão perdeu temporariamente sua capacidade de realizar estas funções. Praticamente, é como se a máquina “respirasse” por eles. Ela drena o sangue de uma veia, remove o dióxido de carbono, acrescenta oxigênio, aquece o sangue e depois retorna o sangue para uma artéria. Ao permitir que o sangue seja oxigenado externamente, a máquina permite que o pulmão se recupere e o paciente tenha possibilidade de melhora.
“O ventilador mecânico (respirador) não substitui a função do pulmão do paciente, ele só fornece um fluxo de ar para o interior dos pulmões. Já este equipamento funciona como um pulmão adicional, para pacientes com Covid-19 cuja função pulmonar foi muito reduzida, e possibilita que o paciente tenha tempo e condição clínica para se recuperar”, explica Celso Freitas, que é infectologista e diretor médico da LivaNova, empresa de tecnologia médica que trabalha com o ECMO.
Celso explica que a aplica que o uso do equipamento de ECMO é indicado para aqueles pacientes que tenha um quadro reversível. “Não é possível deixá-lo na máquina para sempre”, diz o infectologista.
O Hospital Israelita Albert Einstein, onde Maguito Vilela está internado, adquiriu três destes equipamentos no começo da pandemia. “São equipamentos de alta tecnologia e de grande complexidade, que fazem a respiração e circulação do sangue automaticamente fora do paciente quando seu pulmão se torna incapacitado. Estes não estão presentes em todas as UTIs — nem do mundo, nem do nosso país. Já tínhamos algo semelhante, mas agora estamos ainda mais preparados para poder oferecer aos pacientes mais graves pela Covid-19 ou por outra doença que deteriore o pulmão uma chance maior de recuperação”, explica Sidney Klajner, presidente da instituição.
Tecnologia escassa
O uso do equipamento para ECMO não é comum, no Brasil ou no mundo. Se trata de uma tecnologia considerada recente e que envolve além de estrutura avançada, a disponibilização de profissionais habilitados e capacitados. “É um equipamento completo. Demanda pessoal especializado acompanhando o paciente e o processo a todo tempo. Ainda não é algo encontrado facilmente nos hospitais do Brasil”, afirma Celso Freitas.
fonte : Jornal Opção
Deixe seu Comentário