Artigos

Nobel da paz? Só pode ser brincadeira…

Eu entendo, quando defensores do Lula o defendem como político do ano, soberbo de todas as cachaças, presidente que fez o sol brilhar no horizonte, e, não tenho problemas com quem baba pelos cantos da boca quando ele faz discursos eletrizantes. É uma questão de gosto, de análise, paixão e amor incontido. Vá lá!

    Mas, quando leio a notícia de que já existem cem mil assinaturas (pode ter chegado aos milhões até a publicação deste artigo), indicando-o para o Prêmio Nobel da Paz, começo a duvidar da sanidade coletiva. Caso fosse uma proposta menos ousada, como por exemplo, na área de química por ter modificado a natureza do bom senso. Da medicina, pela inegável capacidade de hipnotizar multidões que passam a acreditar em seu poder de cura. Ou até mesmo da física por ser capaz de provar o improvável. Dá para engolir.

     Mas, em se tratando de Lula, falar em Nobel da Paz é uma heresia para mais de metro e meio. Foi ele, e ninguém mais, a dividir o Brasil colocando patrícios em pé de guerra. Inventou, alimentando à exaustão, a divisão entre “eles” e “nós”. Para continuar no mando e comando da nação, jogou como nunca pretos contra brancos, empregados contra patrões, gays versus heterossexuais. Criou um exército paralelo para invadir terras, fechar rodovias e criar o caos urbano ao sabor de seus interesses umbilicais.

      Fez questão de jogar parte da sociedade contra a imprensa, criou animosidade em desfavor do judiciário, procurou fazer da classe médica a vilã da ausência de tratamento de saúde adequada, insuflou neófitos contra o trabalho da Polícia Militar. O país está aos cacos graças a sua grosseira manipulação política.

     Avalizou um dos mais absurdos governos da era moderna, a mixórdia na Venezuela, plantando fome, violência e horror que parece não ter fim. Com tudo isso, numa bizarra interpretação do que seja um guru da paz, gente miúda, mal-intencionada e que menospreza a inteligência alheia, nos aparece indicando Lula para o troféu da Paz.

    Se fosse uma brincadeira já seria de mau gosto. O pior é que não é. O fanatismo é uma arma tão perigosa, capaz de fazer uma lavagem cerebral inominável. Como as pessoas que já entrevistei, militantes contra o aborto, jurando que mataria, sem remorso e com prazer, médicos que se dedicam a atender pacientes dispostos a se livrar de fetos. Para eles faz senso.

    Deve ser o raciocínio destes que estão dispostos a indicar Lula ao Premio Nobel da Paz. Afinal, ele é capaz de promover o extermínio de milhões de defensores do capitalismo. Assegurando uma politica única, hegemônica e feliz. Ah, tá… então tudo bem né?

Rosenwal Ferreira é Jornalista, publicitário e terapeuta trans-pessoal

Sobre o Autor

Rosenwal Ferreira

Rosenwal Ferreira é jornalista, publicitário e terapeuta transpessoal. Multimídia talentoso, ele atua na TV Record realizando comentários no quadro 'Olho no Olho', no Balanço Geral. Mantém, há mais de 18 anos, o programa 'Opinião em Debate' que agora está na PUC TV. No meio impresso, é articulista no Diário da Manhã, e no Jornal OHoje.
Radialista de carteirinha, comanda o tradicional programa jornalístico 'Opinião em Debate', que já ocupou o horário nobre em diversas emissoras, e hoje, está na nacionalmente conhecida Rede Bandeirantes 820AM, de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 08h30 da manhã. Logo após é membro da bancada mais ativista da felicidade, das 8h30 até às 10h da manhã, na Jovem Pan Goiânia 106,7FM.

Deixe seu Comentário

Clique aqui para comentar

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.